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Mas pelo muito amor é que receio acceitar. O que ha de trazer em dote a orphã sustentada pela caridade dos visinhos senão lagrimas e saudades d'aquelle chão, aonde dorme sem vingança, porque ninguem lh'a deu, ou pode dar, o velho que duas vezes foi seu pai, e que por ella morreu de dôr? Não, Tello! Não pode ser! Fallando assim, tremula e consternada, mal reprimia o pranto.

Nem a acorda sequer, mas por instantes No seu rosto encantado crava os olhos. Se de subito agora despertasse, A infeliz nesse olhar sentíra a morte! Pela fronte do principe traído, Frio corre o suor, e á luz da lampada Estremecem brilhando as grossas bagas. E ella dorme! Oh! mal sabe que os seus dias Nesse instante fatal foram contados!

E immediatamente sentia passar-me n'alma, com uma lentidão de briza, um rumor humilde de murmurações ironicas: Bem, então come, dorme, banha-te e ama... Eu assim fazia.

Quando a gente dorme, será porque Deus em vez de segurar o fio o deixe bambo: qualquer brisa do ceu n'essa occasião faz fluctuar e emmaranhar-se toda esta meiáda de fios que prende as creaturas, e acerta ás vezes de encontrar a nossa a alma de quem não conhecemos, trazendo-nos idéas e imagens que não têem parentesco com as imagens e as idéas do costume, extravagancias que se dão nos sonhos, e que fazem que a gente como que esteja a ver pelo pensamento alheio!

Thomé voltou, e minutos depois estavam ambos em plena conferencia. Notou comtudo o lavrador aquella noite, que Jorge mostrava-se muito mais desattento do que de costume. No meio dos seus exames, distrahiu-os uma voz melodiosa que, em outro aposento da casa, cantava em tom de acalentar crianças: Quando uma criança dorme, Veem os anjos a sorrir Abrir as portas do céo, Para Deus as vêr dormir.

Quem pernoita Na deveza onde o eterno somno Se dorme... não! ninguem por pernoita! As dôres, como gazes, se evaporam; No ambiente da vida os ais não podem Muito tempo eccoar; ha tanta lagrima, Tantas consolações para os que soffrem!

Depois... Ha nomes que não se proferem, que não se denunciam. São como certo nome do Deus judaico. O poeta diz simplesmente: No leito nupcial. Um nome depois d'isto fôra mais que uma profanação, fôra uma infamia. Julgaes porém que ides ouvir uma recriminação amarga ou uma indiscripção villã? Dorme, estatua de neve, Vergontea de marfim, Tocar que impio se atreve No que é sagrado assim!

Vinde! a noite nos protege: Dorme tudo pela aldeia; E este braço não receia, Quando cumpre, o pelejar. Vinde ser enlevo d'almas, Sob um céu meigo e sereno; Que nunca ha-de o sarraceno Como nós saber amar! Correndo ao portico da direita, e voltando com afflicção e energia. Fugí breve, oh desgraçados, Que cercados sois da morte! Queira a sorte que um momento Seu intento A cumprir tarde Gulnar!

Ora o ouriço cacheiro não faz cova na terra para habitar, mas dorme debaixo de hervas que ajunta, ou debaixo de raizes junto dos pés das arvores, ou serve-se d'algum buraco feito ao dos muros ou debaixo de algum montão de pedras.

E o bom velho embala o seu netinho doente... Morte negra, foge... dorme, dorme... ó, ó... E, fitando as chamas simultaneamente, Ri-se a creancinha, vendo o oiro ardente, Lagrimeja o velho, vendo cinza e !...

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