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Tudo me concedia a Gloria, tudo me concedeu até esse momento fatal. Eu escravisara-lhe o meu pensamento, eu vivia d'ella e para ella, e atravessava a sociedade com a fria exterioridade d'um homem cujas relações amorosas se involvem no mais profundo mysterio.

Ora, assim é, que emquanto Dona Ignez foi viva, nem depois da morte d'ella emquanto el-rei seu padre viveu, nem depois que elle reinou até este presente tempo, nunca el-rei Dom Pedro a nomeou por sua mulher; antes dizem que muitas vezes lhe enviava el-rei Dom Affonso perguntar se a recebera, e honral-a-ia como sua mulher, e elle respondia sempre que a não recebera, nem o era.

Os juizos individuaes em historia litteraria são tão falsos como em historia social: o individuo que vai á frente da sua epoca, não é mais que a idéa predominante d'ella encarnada no homem. Julguemos a idéa, e teremos julgado o symbolo humano que a representa.

Annunciei-lhe a catastrophe da 1.ª edição, que a fez rir muito. Deixei-a lêr mentalmente a segunda, e não ousei procurar no semblante d'ella a denuncia da sensação que lhe faziam.

Amiga extremosa de Fouquet, vê-se em riscos de sahir levemente compromettida do processo do Intendente de finanças, em cujo cofre de galantes segredos se encontram cartas d'ella. No emtanto essas cartas são simples pedidos em favor de um ou de outro protegido da marqueza, e se provam alguma cousa é a bondade, a generosidade do seu coração prompto a acudir e a valer.

Comtudo suspirava algumas vezes e exclamou: Oh! Gella! minha boa Gella! Gostas então deveras d'essa pobre rapariga, perguntou o senhor Deschamps? Como não hei de eu gostar d'ella se foi tão boa, tão boa para mim! Os olhos de Adalberto encheram-se de lagrimas ao pensar em Gella, e começou a lamental-a, como a uma flor deixada entre o matto.

Mas o peior é que Jorge ainda gosta mais d'ella talvez. E Deus queira que isto não venha a dar cabo d'elle! O quê? A dar cabo d'elle! Pois se vossemecê o visse!

E logo o seu velhaco risinho sarcastico saltou-lhe da bôcca e veiu espreitar-me de sobre o labio superior, como se fosse um depoimento vivo da tranquillidade d'aquella alma em face de todos os extraordinarios acontecimentos que por cima d'ella haviam passado, sem conseguirem emocional-a.

N'este momento as faces de Leonor afoguearam-se do mais vivo carmim. Uma figura nova acabava de entrar em scena. Era Armand d'Aubry. O mancebo approximou-se d'ella com um sorriso, cortejou Paulo de Azevedo, disse-lhe o seu nome, e beijando a mão á donzella com respeito, disse-lhe: Não é verdade, minha senhora, que me accusava de vanglorioso, ou de esquecido?... Eu, senhor d'Aubry!

Sobre uma mesa coberta de toalha de folhos, estava um prato com cinco bolinhas de algodão entre duas velas de cera. A cabeça da entrevada, toda branca, a sua face côr de cera mal se distinguiam do linho do travesseiro; tinha os olhos estupidamente dilatados; e ia apanhando incessantemente com um gesto lento a dobra do lençol bordado. João Eduardo, sem ruido, dobrou o joelho junto d'ella.

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