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Velho, escuta, esta voz. Eu não sei perdoar: frio como um Destino eu heide-te açoutar até te ver em sangue os lombos aviltados! No estrume arrastarei teus louros profanados, que jazerão no esterco infame das viellas, onde vagam á lua os ébrios e as cadellas. Marcarei para exemplo, ao mundo o renegado que depois de haver rido, haver calumniado uma Esposa, uma Mãe, um Lar, uma rainha, no que ella de mais puro e mais sagrado tinha! n'isso que doe cruel, que mais o peito enluta, depois de lhe chamar a grande prostituta nada achou mais abjecto, e nada achou mais baixo que ser do filho-rei o humillimo capaxo, nada achou mais servil, para apagar a offensa, do que vender a penna e perseguir a Imprensa! Lodo do Homem vil, ó barro da Paixão, ó abysmo d'uma alma, ó rei da Creação, foi Satan que te pôz o diadema escuro! Pode-se assim sem zombar do seu Futuro, macular para sempre a virginal gloria, cuspir, manchar, polluir as paginas da Historia, e envergonhar a campa humilde dos plebeus que foram os seus paes e a pobre mãe nos ceus, matar os louros seus aviltação eterna! como um ebrio que morre em chão d'uma taberna?

Se seu honrado pae resuscitasse Como o rubor lhe subiria á face Vendo o filho truão na patria cara Cuspir injurias, com facecia ignara; Vendo o filho nos tempos em que vamos Morder insano a procissão de Ramos! Que tem, que póde ter gambia obscena, Em anzol de patacos sobre a scena, Com pia procissão, qualquer que seja, Dês que tem por escudo a Santa Egreja?

Que ha horas em que vens, nas humidas cidades, Nas choças, nos esgotos, Cuspir cynicamente as frias tempestades No seio vil dos rotos, Sem ter pena, sequer, da pobre mãe que passa Um dia sem ter pão, Nem d'essa esfarrapada e velha populaça Que rosna como um cão!... Mas em breve deixando as tenebrosas vestes, O manto dos horrores, E o gladio vingador das coleras celestes Ó noite dos amores,

"Mas quem ha-de falar em nosso nome? perguntou Gil d'Ocem. "No vosso, mestre Gil das Leis! interrompeu o conde de Barcellos. Nem o receio das affrontas do alguns milhares de sandeus, nem o da propria morte me obrigaria a cuspir maldicções sobre o nome daquelle a quem uma vez jurei preito e leal menagem."

Quero ir comvôsco, quero ir comvôsco, Ao mesmo tempo com vós todos Pra toda a parte pr'onde fôstes! Quero encontrar vossos perigos frente a frente, Sentir na minha cara os ventos que engelharam as vossas, Cuspir dos lábios o sal dos mares que beijaram os vossos, Ter braços na vossa faina, partilhar das vossas tormentas, Chegar como vós, emfim, a extraordinários portos! Fugir comvôsco

Era uma tempestade eminente: era a revolta eterna do pobre contra o abastado, que resfolga pelo minimo respiradouro. E o sussurro crescia, e Bartholomeu, suffocado pela raiva, batia o , e debalde tentava cuspir por cima daquella quasi algazarra as pragas, as injurias, as ameaças, que lhe faziam maior entupimento na garganta do que pão de cevada faria em goellas de peralvilho dengoso.

E a muitos pareceu um reaccionario, miguelista, porque não commungava na furia liberalista de deitar abaixo; a outros se afigurou blasphemo e sacrilego, a cuspir censuras, quando apenas apontava erros e fraquezas de glorias consagradas; e para outros não merecia confiança, ia para o rol dos utopistas e incomprehensiveis, porque não se emendára d'aquelle socialismo dos bons tempos que partilhou com Anthero de Quental.

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