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Que era o morgado quem mandava... aquillo. D. Christina não levou a sua impudencia até ao ponto de perguntar qual morgado era esse. Entendeu ou fingiu entender que seria o Muxagata. Como está elle? perguntou. Eu respondi com alguma atrapalhação, que parecia troça: Bom. Muito obrigado. E, do lado, o Falcão do Marco: Esse diabo de homem se não lembra de nós, nem da filha!

Ai, não; se te ha de ás vezes fazer mal, então não apressou-se a dizer a precavida senhora. E foi deferido por unanimidade o requerimento de Henrique, a quem cêdo depois Torquato foi ensinar. o caminho para o quarto onde devia pernoitar. O conselheiro, D. Dorothéa, Christina e Angelo fôram para a missa do gallo. D. Victoria, Magdalena e Henrique ficaram no Mosteiro.

De tudo isto é natural concluir que Henrique de Souzellas podia sympathisar com a candida figura de Christina, a qual baixava timidamente os olhos deante d'elle, córando cheia de enleio e confusão, mas que qualquer sentimento que ella lhe inspirasse, não conseguiria por muito tempo desviar-lhe o sentido dos encantos mais attrahentes da morgadinha que a muitos respeitos, menos na bondade de coração, formava contraste completo com sua prima.

A primeira com o morgado de Muxagata, que pela cabeça d'elle déra cabo de tudo. E a segunda? A segunda com outro fidalgo do Marco de Canavezes, que tambem não tinha mais juizo. O amigo sabe decerto qual era a vida gastadora dos antigos morgados. Sei muito bem. Pois os dois deram cabo de tudo quanto tinham. A Christina estava reduzida ao pouco que lhe deixou o segundo marido.

Emquanto D. Christina fazia a sua toilette para o jantar, o brazileiro contava-me no terraço do hotel, com toda a sua ingenuidade bondosa, a historia do seu casamento revelação a que eu o conduzi mais ou menos habilmente. Tinha vindo a Portugal havia seis annos para matar saudades da patria e visitar os parentes que viviam em Amares.

Ama-Rita seguiu-as falando muito, abraçando de quando em quando a sua querida menina, que ainda era capaz de reconhecer entre muitas apesar de tão mudada e tão triste. Christina não despertou a simpatia viva que a mãe inspirara a toda a comunidade logo ao entrar no convento. Pagava com sorrisos contrafeitos os carinhos que lhe faziam, e mal atentava nos mimos com que a mãe a rodeava.

D. Christina, espirito forte, desatou a rir, e como estivessem sobre a mesa dois baralhos de cartas, foi ella propria que os abriu, dizendo e abancando: Vamos a isto, meus senhores. Leotte arrastava discretamente a aza a D. Christina, mas enganára-se quanto á presumpção de, como César, chegar, ver e vencer.

Os banhos? Para correr os banhos eram precisas as certidões dos dois casamentos e do obito dos dois maridos. Mas a Christina foi ao Porto, emquanto eu fui a Amares, tambem por causa dos meus papeis, e os arranjou. Juntamo-nos depois em Amares, onde eu quiz casar por ser a minha terra. Como resolvesse ficar em Portugal, precisei ir liquidar ao Rio de Janeiro.

Mas a mamã não que as criadas estavam comnosco á novena? lembrou timidamente Christina. Pois que não estivessem. Quem tem serviço a fazer não pode ouvir novenas. Mas se a mamã é que as mandou! Pois sim... pois sim... mas... mas ellas é que me deviam dizer que tinham que fazer. Então eu é que lhes hei de estar a lembrar as suas obrigações? Não me faltava mais nada! Ora tens coisas, menina!

Encontrou-se na sala immediata com Christina, que ia em direcção ao quarto de Henrique, com um copo de agua acidulada. Que ha, Christe? perguntou-lhe Magdalena. Que ha de haver, Lena? respondeu Christina com tristeza, mas com serenidade ao mesmo tempo uma desgraça, mas que Deus ha de permittir que não seja sem remedio. Como está elle?

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