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Ante que ElRei partisse da Guarda, chegou ha elle Diogo Garcia de Toledo, Cavalleiro da Caza delRei D. Fernando, e com elle dous seus escudeiros com has fraldas das capas cheias de chaves daquellas Villas, e Castellos por onde ElRei D. Fernando foi certificado que seria a ida e vinda delRei D. Diniz, e nellas lhe fazer prestes has pouzadas, mantimentos, e couzas que ha elle, e ha suas gentes comprisse, e mais entregar-lhe aquellas chaves, que eram das Villas, e Castellos por onde avia de passar pera nellas pouzar, e fazer dellas livremente todo ho que quizesse, como de suas proprias.

Mas os Santos Padres não contentes da viagem leixáram as guias, que os levavam, e tornaram-se outra vez a Marrocos, e como chegasseem á praça da Cidade logo aos muitos Mouros, que nella acharam começaram de prégar, louvando os merecimentos da de Christo, e brasfemando dos vicios, e erros de Mafamede, e sua seita, da qual cousa como El-Rei fosse certificado os mandou logo meter em um estreito carcere, onde sem alguma ordenada provizão, nem mantimento dos homens, que houvessem, mas com a refeiçao de Deos, que houveram.

E n'este tempo sendo El-Rei D. Affonso certificado de um dia que a Rainha D. Izabel, de Madrigal onde estava se havia de ir a Medina, sahio de Touro aforrado com sós mil lanças sem carriagens, e foi secretamente dormir a Crasto Nunho, e de hi ao outro dia por encubertas que levou, se foi escondido lançar junto do caminho por onde a Rainha havia de passar, cuja gente sahindo fóra de Madrigal á vista das batalhas d'El-Rei, essa que era fóra com pressa se tornou a recolher á villa, e outra alguma de dentro não sahio mais, por onde pareceu claro, que fôra aviso secreto que a Rainha d'alguma pessoa do arrayal d'El-Rei D. Affonso recebera, e com isto desaviado se tornou El-Rei a Touro, não esperando nenhum bom effeito de sua empresa.

E sendo certificado que o Infante D. João seria com elle bespora de Natal, lhe leixou a villa para seu aposentamento. E na ribeira de Seda se foi alojar no campo, onde os Infantes e conde d'Ourem e conde d'Arrayollos, com outros senhores e fidalgos do conselho se viram.

O conde d'Arrayolos a este tempo depois da morte do conde D. Fernando era capitão e governador da cidade de Ceuta, onde por ser muito amigo do Infante D. Pedro, sendo certificado do engano e malicia que n'estes feitos andavam, desejando o serviço d'El-Rei e doendo-se do Infante, para cuja perdição todalas cousas se inclinavam, se veiu d'Africa á côrte como homem virtuoso e de justa tenção, e como quer que seu pai e seu irmão tivesse por contrairos, começou de entender com muita diligencia na concordia entre El-Rei e o Infante.

Honrados criados e amigos, eu sou aqui vindo por mandado d'El-Rei meu Senhor, como vos disse, e por estas suas cartas o vereis; levo comvosco este publico caminho sem danificar nem agravar alguem como sabeis, e ora sou certificado que o Infante D. Pedro contra defesa e mandado do dito Senhor, vem por elle com proposito de por força m'o impedir, e porque eu por muitas causas que todos entendereis, sou em determinação de todavia seguir ávante, eu vos rogo e encomendo, que para qualquer trabalho e afronta que sobrevier, por serviço d'El-Rei meu Senhor e minha honra esforceis os corações, e desenvolvaes as mãos como de vós e de vossas bondades espero.

14 Tornam da terra os Mouros co'o recado Do Rei, para que entrassem, e consigo Os dous que o Capitão tinha mandado, A quem se o Rei mostrou sincero amigo; E sendo o Português certificado De não haver receio de perigo, E que gente de Cristo em terra havia, Dentro no salso rio entrar queria.

E para d'isto ser certificado, avisou d'isso a gram pressa o Condestabre D. Alvaro de Luna, o qual era fóra da côrte; e porém por seus meios secretos, que com El-Rei trazia, soube logo d'elle que nunca tal mandára, de que logo certificou o Regente por carta da propria mão d'El-Rei: pelo qual o Regente n'esta confiança determinou com alguma mais graveza despedir como despediu os embaixadores, e lhes mandou «que pois eram respondidos, que se fossem embora dos reinos e côrte d'El-Rei seu SenhorMas elles não se despacharam assi brevemente, que ainda não estivessem em Santarem, ao tempo que a Rainha se partiu para o Crato, como ao diante se dirá.

Tornão da terra os Mouros co recado Do Rei, pera que entraſſem, & conſigo Os dous que o Capitão tinha mandado, A quem ſe o Rei moſtrou ſincêro amigo: E ſendo o Portugues certificado, De não auer receio de perigo. E que gente de Chriſto em terra auia, Dentro no ſalſorio entrar queria

Porém foi logo El-Rei certificado por um Lourenço Affonso, procurador de Coimbra, que o Infante se despunha a partir, e queria vir a Santarem, afeando o mais que pôde sua tenção, de que o duque e o conde seu filho, como principaes da empresa foram mui alegres; porque viram chegar-se o effeito de sua esperança e desejo, que era a morte do Infante, cuja dilação a elles poderia trazer perda e perigo.

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