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A este tempo, chegava Antonio d'Azevedo Barbosa, ao caes. Adivinhou, com effeito? pergunta o leitor. Nem sombra de presentimento, meu amigo! O que trazia ao caes, e a bordo de um navio, Antonio d'Azevedo, é successo infausto que tem uma historia concisa, mas necessaria. Um dos irmãos do bacharel, Francisco d'Azevedo, era caixeiro, em Lisboa, n'uma casa de cambio da rua dos Capellistas.

«Na volta o presidente fez ver a este empregado, que o caso que acabava de dar-se era estranhavel, por quanto ainda ha pouco tempo lhe tinha mostrado um officio confidencial do ministerio competente, no qual se recommendava a maior attenção com todos os negocios trocados entre as differentes repartições do estado e as altas potencias, como a Inglaterra, a França, os Estados Unidos, etc!... O alto funccionario respondeu simplesmente, que o caixeiro pretendente era portuguez, e por isso pensava que a casa commercial era tambem portugueza!!»

Convidou o Silveira a sentar-se e acercavase-lhe, solícito, insinuante. Sem dúvida era português? Pelo modo, pelo acento, via-se logo... Muito folgava! Êle era andaluz. Um pouco periodista e um pouco homem de negócios. Impingia-lhe o seu cartão de visita, impresso em tipo gasto e vulgar, modestamente. Ramón Alvarez, tout court. Mas, sôbre a caligrafia tôrpe dos caracteres, um empenachado elmo luzia heráldicamente, mais tôrpe ainda. Êle era duma família da mais antiga linhagem, família de cronistas, de poetas, de galans... e tivera sempre um grande fraco pelas letras. Tinha dois livros em preparação, uma novela e um poema épo-histórico, e tambêm um drama prestes a ser pôsto em scena pela Maria Guerreiro. Oh, os intelectuais! exclamou o incompreendido escriba, desarticulando o busto, rolando os olhos em êxtase e, num bravo arranque de entusiasmo, atirando a enormidade paradoxal da cabeça sôbre a nuca. São a flor por excelência, a suprema exaltação da terra! Infelizmente, êle vivia... viviam os dois, que lhe perdoasse se tomava a liberdade de o dizer... mas como ... viviam numa peste de países de analfabetos, onde por via de regra os pensadores, os génios, os grandes eleitos do talento e do saber, morriam de fome. De sorte que, assim, havia que ser-se ao mesmo tempo um pouco prático. Que remédio! com enfado soberano rematou. E iludia o seu prosaico mistér de caixeiro viajante num vago eufemismo, dizendo «que vinha

Elle tambem... insistia a outra não póde alargar-se muito. Um caixeiro... Deixe . Ha por ahi patrões, que vivem em maiores apertos. Diga-m'o a mim, snrAntoninha. Olhe a minha Luiza... Conhece? A filha do nosso Antonio. Pois esteve alli abaixo a servir seis mezes em casa do commendador Collaço e saíu de porque aquillo chega a pouca vergonha. Os criados passavam fome de rato.

E desappareceu, subindo com ligeireza as escadas carunchentas do escriptorio. Ao entrar alli dentro, Jenny revestiu-se de um d'aquelles ares graves e pensativos, que tão bem lhe iam á physionomia sympathica. Estavam na sala Manoel Quentino, Paulo e o outro caixeiro, e todos se levantaram, ao verem entrar a joven ingleza.

D. Mafalda é que ha de saber a verdade de tudo. Com estas noticias chegou outra concernente a Francisco d'Azevedo. O caixeiro chegou a Lisboa, pagou a sua divida, mandou o recibo ao irmão, foi a Barcellos, vendeu a pequena legitima, abraçou suas irmans, e tornou a Lisboa, d'onde partiu para a Africa. As quatro meninas das margens do Cávado viviam abundantemente.

E o senhor João Retrozeiro, finalmente, lia com o maior prazer a sua mulher as cartas de seu filho José Bento, que estava no Rio de Janeiro ganhando duzentos mil reis como segundo caixeiro de um armazem de molhados, onde o não forçavam a conjugar o atrocissimo verbo laudo.

Macário ficou com os braços caidos, o ar abstracto, os beiços brancos; mas de repente, dando um puxão ao casaco, recuperando-se, disse ao caixeiro: Tem razão. Era distracção... Está claro! Esta senhora tinha-se esquecido.

O caixeiro tinha estendido, na outra extremidade do balcão, em cima do vidro da montre, um reluzente espalhado de aneis de ouro, de pedras, lavrados, esmaltados; e Luísa, tomando-os e deixando-os com as pontas dos dedos, ia-os correndo e dizendo:

E o curiangú, que se põe de noite adeante dos cavallos, costuma dizer de madrugada: João, corta pau! Mas os indigenas hão de dar alguma explicação a essa phrase... Isso agora é que eu não sei, meu caro sr. que elle o diz, diz, porque eu, sendo caixeiro e andando a cobrança, ouvi muitas vezes cantar o curiangú.

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