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Que Bruno não ignora nenhum d'esses recursos, estou convicto, que, de resto, nem o distinto escritor snr. dr. Theóphilo Braga póde ter dúvidas a tal respeito, porque isso seria fazer ofensa ao justificado nome literário de José Sampaio. Para fechar, devo ainda dizer-lhe, meu bom amigo, que de modo nenhum eu vou sustentar que não existiram vários cavalheiros com o nome de Cristovam Falcão.

Hein, não te parece, Fernandes? Talvez. Mas é necessario então viver n'um mosteiro, com o temperamento de S. Bruno, ou ter cento e quarenta contos de renda e o desplante de certos Jacinthos... E tambem me parece que andamos leguas. Estou derreado. E que fome! Tanto melhor, para as trutas, e para o cabrito assado que nos espera... Bravo! Quem te cosinha? Uma afilhada do Melchior. Mulher sublime!

Tão notaveis talvez como o Bruno, ainda que menos conhecidos, tinham sido os portuguezes Luiz da Fonseca Coutinho e Gaspar do Couto, que muito se dedicaram a este estudo no principio do seculo XVII. Couto foi mandado á India em 1608 na esquadra em que ía o conde da Feira, nomeado vice-rei, e levava minuciosas instrucções, ou regimento, como então se dizia, para fazer um roteiro, observações astronomicas e sobretudo as relativas á agulha . Citarei finalmente o nome do nosso Antonio de Mariz Carneiro, que foi cosmographo-mór nos ultimos annos da dominação castelhana, o qual tanto scismou no caso que mereceu aos seus contemporaneos a alcunha de O Agulha fixa; e ainda os de Jeronymo Osorio da Fonseca e José de Moura Lobo, que no tempo de D. João IV trabalharam no problema.

Na Republica Portugueza collaboraram José Sampaio (Bruno), Julio de Mattos, Basilio Telles, Latino Coelho, Elias Garcia, Gomes Leal, Heliodoro Salgado e, o que é mais interessante fixar, varios officiaes do exercito um dos quaes, em serviço na guarda municipal, teve um dia ensejo de ver querellada a sua prosa. A par d'essa collaboração, logo que a Republica Portugueza viu a luz da publicidade, arremettendo violentamente contra as instituições, appareceram um sem numero de communicações «sob a forma de cartas e manifestos, de soldados, cabos e sargentos da guarnição portuense, a principio, depois de militares das guarnições da provincia, por ultimo de officiaes de todas as graduações do Porto de Lisboa». E os que as enviavam ao jornal faziam-no de modo tão explicito que, em certa altura, houve necessidade de destruir uma boa parte da papelada, receiando-se que ella cahisse em poder dos defensores do regimen e collocasse os signatarios em situação compromettida. Como amostra da linguagem empregada n'esses documentos, damos a seguir o trecho d'uma carta enviada n'essa occasião á Republica Portugueza por um grupo de officiaes transmontanos: Camaradas: A mãe-patria agonisa.

Não, senhor: é assim um jarreta vestido á antiga, com uma gravata que parece um colete. Manda-o entrar para aqui. D. Bruno releu a linha escripta a lapis, e disse entre si: Que Custodio é este!? N'isto, assomou Calisto Eloy. Bruno de Mascarenhas adiantou-se a recebel-o, e disse-lhe maravilhado. Eu tive a honra de comprimentar v. ex.^a no escriptorio da Nação. V. ex.^a é o sr.

V. ex.^a arde de amores d'elles e d'ella. Por que a sua familia é não sómente a sua alegria domestica, senão que lhe é fóra de casa um pregão da honestidade e honra que vae n'ella. Não sei... respondeu Bruno , no caso de se darem as circumstancias que v. ex.^a diz, é que se póde responder.

Para o professor do Curso Superior de Letras, a conclusão a que, tanto Bruno como nós, haviamos chegado, não passava *d'uma miragem, por falta de conhecimento dos existentes recursos historicos*, e esta sentença autoritária vinha a público quando o snr. dr.

Theóphilo Braga, referindo-se, com desdem, á sinceridade inconsciente de Bruno, não nos magôa sómente a nós, que votamos uma grande estima ao ilustre escritor portuense: ofende as Letras Portuguêsas, que teem no snr. José Sampaio uma das suas mais legítimas glórias. Tristes processos está seguindo o snr. dr. Theóphilo Braga! Delfim Guimarães O snr. dr.

Com estes dados trabalharam muito investigadores, entre elles um Filippe de Guilhem, castelhano, a quem o nosso D. Manuel deu uma tença e o habito de Christo, apesar de ser a sua doutrina refutada pelo portuguez Simão Rodrigues, e um italiano domiciliado em Portugal, o jesuita Christovam Bruno ou Borro, a quem a fatalidade do appellido fez que escriptores estrangeiros transformassem em Burro, o que elle decerto não merecia.

Pertencem á mesma familia espiritual os algozes calvinistas de Servet, os inquisidores que mandaram Giordano Bruno ao supplicio e Galileu á retractação da verdade, os delatores leigos da questão das fiches e os anti-clericaes exaltados que hoje multiplicam os obices á livre prédica confissional. São, aqui como , manifestações de intolerancia e de sectarismo.

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