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Com o pequeno n'um braço, de rastos, os olhos cheios de sangue da allucinação, rojou-se pelo quarto, abriu a porta, desceu as escadas ás arrecuas, saiu á rua. Era uma noite clara, sem lua. As estrellas formigavam no ceu. A via latea, no azul escuro e transparente, era uma poeira de mica. As arvores faziam pastas de sombra na paisagem. Uma fonte doloridamente se lamentava, n'um tanque de pedra.

As arvores fugiram... Simplesmente Um rasteirinho tôjo agreste e bravo Vestia de humildade aquela terra. Nas suas hastes hirtas e espinhosas, Aqui, além, por toda a parte, emfim, Gôtas de orvalho, vivas, acordavam... E em seus liquidos seios de esplendor, Presentia-se a lua encarcerada Mostrando a face animica e divina.

fora vae um redemoinho de sol os cavallos do carroussel... Arvores, pedras, montes, bailam parados dentro de mim... Noite absoluta na feira illuminada, luar no dia de sol fóra, E as luzes todas da feira fazem ruido dos muros do quintal... Ranchos de raparigas de bilha á cabeça Que passam fóra, cheias de estar sob o sol, Cruzam-se com grandes grupos peganhentos de gente que anda na feira, Gente toda misturada com as luzes das barracas, com a noite e com o luar, E os dois grupos encontram-se e penetram-se Até formarem um que é os dois... A feira e as luzes da feira e a gente que anda na feira, E a noite que pega na feira e a levanta no ar, Andam por cima das copas das arvores cheias de sol, Andam visivelmente por baixo dos penedos que luzem ao sol, Apparecem do outro lado das bilhas que as raparigas levam á cabeça, E toda esta paysagem de primavera é a lua sobre a feira, E toda a feira com ruidos e luzes é o chão d'este dia de sol...

No muro da estrada havia uma cancella de pau; e aberta a cancella, atravessando-se por um caminho assombreado de algumas arvores frondentes, via-se ao fundo a modesta casinha branca, escondida entre a verde ramaria de uns carvalhos. Tinha ao lado uma leirita plantada de horta; e, á sombra de um choupo, mais no fundo, uma pia de pedra, onde murmurava uma veia de agua muito crystalina.

Agradava-lhe essa patuscada, que o distraía da monotonia das arvores e da vida da aldeia. Assim foi que um anno, pelo carnaval, elle disse ao fidalgo: Meu senhor, se v. exse não oppozer, vou a Lisboa pregar uma partida real a seu mano e sobrinhos. Então que intenta você fazer, ó Felix?

Ora o ouriço cacheiro não faz cova na terra para habitar, mas dorme debaixo de hervas que ajunta, ou debaixo de raizes junto dos pés das arvores, ou serve-se d'algum buraco feito ao dos muros ou debaixo de algum montão de pedras.

Bellas deviam ser essas esperanças, por que o pensamento de ambos era sanctificarem pelo casamento a sua identificação n'uma alma, irem ambos n'essa alma unica habitar uma casinha campestre, rodeada de arvores, onde os passarinhos tivessem as suas luas-de-mel, e os seus ninhos, e os seus filhinhos pipilantes. Que vida, que esperanças tão bonitas!

Mas o homem, sahido da longa evolução dos seres organisados, concebeu a noção da justiça e experimentou os transportes do amor, não do amor que se manifesta no calor do sol, no perfume das flôres, no brilho das estrellas, no murmurio das aguas, no crescimento das arvores, mas do amor que se revela nos individuos, nas classes e nos povos solidarios.

E caíam, uma após outra, todas as arvores do quintal, os limoeiros, as nogueiras, os salgueiros e toda a familia vegetal do velho Vicente, que sentia ir-se-lhe com ella a alma.

De parceria com as arvores, são as hervas, as plantas, os arbustos, que se vestem de folhas e se enfeitam de flores.

Palavra Do Dia

resado

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