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Ás vezes está tranquilla, immovel, como quem escuta a toada de um concerto mavioso que embala e com que se adormece. Oh, quem ousará despertal-a? Seria perturbar a crystalisação de uma gota de orvalho que se transforma em perola. Outras vezes tem o olhar pavido, firme, de quem contempla e pasma ante uma visão immensa e augusta. Que apparição risonha virá fallar-lhe?

Ela, a Donzela Morte, embriagada Por um calor de vida florescente, Engrinaldando em rosas e desejos Seus resequidos ossos insensiveis. Falaram muito tempo... E bem se via Que a voz humana os echos estremunha, Que a voz da morte os echos adormece... A Lua anoitecêra... No horisonte Alvorava através de brancas nuvens Frio sorriso de oiro e de tristêsa.

Bem intima ser deve A pena que te opprime, Flôr tenra como o vime, Flôr pura como a neve! Compunge-te isso, dóe-te Vêr esmaltando o calix Da erma flôr dos valles O balsamo da noite? Se aos olhos nos affluem As lagrimas, parece Que a dôr nos adormece, E as maguas diminuem. Heresta! pois inclina Na minha a tua face E deixa me repasse Teu balsamo, bonina!

O vacuo mudo, onde astro não palpita, Nem ave canta, nem susurra o vento, E adormece o proprio pensamento, Do que a luz matinal... a luz bemdita! Porque a noite é a imagem do Não-Ser, Imagem do repouso inalteravel E do esquecimento inviolavel, Que anceia o mundo, farto de soffrer... Porque nas trevas sonda, fixo e absorto, O nada universal o pensamento, E despreza o viver e o seu tormento.

Quantas vezes a pérola encantada, Entre as rochas profundas sepultada, Se dissolve esquecida, lentamente, E nunca chega a vêr a luz do dia? O coração tem dois quartos: Moram ali, sem se vêr, N'um a Dôr, n'outro o Prazer. Quando o Prazer no seu quarto Acorda cheio de ardor, No seu, adormece a Dôr... Cuidado, Prazer! Cautella, Canta e ri mais devagar... Não a Dôr acordar...

Meu canto sobe e desce, incerto e fluctuante, Sobe e desce indeciso e com tom murmurante, Bem como uma harpa eólea aos ventos suspendida. E tremo sem saber porquê, e lentamente Sinto o pranto nascer, correndo docemente, Ungindo o coração que embala e adormece... O que tenho, o que sou, mal o vejo a distancia...

Espirito que passas, quando o vento Adormece no mar e surge a lua, Filho esquivo da noite que fluctua, Tu entendes bem o meu tormento... Como um canto longinquo triste e lento Que voga e sutilmente se insinua, Sobre o meu coração, que tumultua, Tu vertes pouco a pouco o esquecimento...

Que andas tu procurando? perguntou Antonio de Mourão. Um boi que te mate essa fome! Hei medo que me devores, rapaz. Nem manjar branco me dês que me não cabe. Estou alimentado para tres dias, se fôr necessario. Queres agora a minha historia de treze mezes? Deita-te ahi na tua cama; escuta e adormece quando quizeres. Que sabes tu da minha vida?

Palavra Do Dia

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