United States or South Korea ? Vote for the TOP Country of the Week !


E com a vehemencia com que pelas regiões do Amazonas brotam as açucenas do seio das aguas, o sentimento do bello enraizado profundamente na alma do escriptor desabrochou em commovidas phrases á flôr do pranto que lhe fez verter a saudade da filhinha ausente ou da mãe que elle viu finar-se.

O collo esbelto, disputando alvura ás açucenas, pousava-se com graça; as faces e a fronte douravam-se d'aquella transparente e mimosa côr, em que as rosas nascem e desmaiam á mais leve commoção, radiosa carnação, que tanto realça a belleza meridional, mesmo quando não cede ás mulheres do norte a palma dos niveos encantos. O seio virginal palpitava sobresaltado.

Porem não acreditam, e pretendem Que o homem, de nascença, é imaculádo Como as viçosas pétalas, que estendem As açucênas para o sol doirádo... E assim andam tentando realisar sobre a terra a plêna felicidade, Pondo o homem na peânha dum altar, Fazendo dêle uma áuto-divindade...

Em silêncio ela caminhou por um atalho florido de altas e radiosas açucenas, que conduzia

Ah rainha das mulheres! Se sabes para que banda Elle iria o teu amigo, Anda d'ahi, vamos, anda: Nós imos todas comtigo Á busca d'elle se queres. Elle parece-me a mim Que ha-de andar no seu jardim, A apanhar açucenas, Que é do que elle gosta apenas. Oh que formosa, meu bem! Não ha cidade afamada, Nem Thirsa ou Jerusalem, Mais bella que a minha amada.

O pescoço, pensa a gente, Em o vendo de collares, Que é a torre exactamente De David n'esses ares, De baluartes, e toda, cima, escudos á roda. Os peitos, é um casal De corcinhas, que o seu pasto São açucenas do valle: Nada mais timido e casto.

Voam a vós meus desejos Quaes pombas ensanguentadas!.. Ó rival das açucenas! Nenhum punhal faz no peito As chagas que me tem feito Essas tuas mãos pequenas! E, comtudo o amor dura Entre as lagrimas da magoa, Como uma violeta escura Que se morre á mingoa de agoa! Um horto todo d'abrolhos Sem ti será meu futuro! Ah! não me larguem teus olhos Por este caminho escuro!

Os peitos é um casal De corcinhas, que o seu pasto São açucenas do val: Nada mais timido e casto. E deitam um cheiro á goma, Da myrrha mais do incenso, A ponto que ás vezes penso Que elles são duas collinas Por onde aquellas resinas Espalham aquelle aroma.

Mostrando os claros dentes, que esmaltavão Seus beiços, que de nácar se formavão; E co'a força do riso as faces bellas Duas covas fazião como estrellas. As mãos por engraçadas, e pequenas Parecião formosas açucenas. Mil vezes quiz beijar-lhas; porém ella, Que o damno prevenia na cautéla, Escondendo-as, de mim mais se affastava, Que até nisto ser casta bem mostrava.

Não rojavam na terra a devorar raizes! Comiam-lhe o seu pão! Custara-lhe trabalho! Coitados! sempre assim, sem pão nem agasalho! Era uma vida atroz, ingrata vil, escura! Não tinham de comer, não tinham cobertura! Tossiam tanto á noute! Ah! Deus era um ingrato! E os prantos em roldão cahíam-lhe no prato. Ó irmã das açucenas!

Palavra Do Dia

sentar-nos

Outros Procurando