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Deixai tranqùilamente o boi lavrar a terra e seja a sua morte o termo natural da sua velhice. Contente-nos o velo do rebanho que nos livra da atmosfera agreste, e o leite que as cabras dão para nos nutrir: parti os vossos laços e as redes, não mais o visco engane a ave crédula.

Halito impuro de pulmões ralados Me diz que nelles se assentou a morte. Em quanto mil e mil no largo mundo Dormem em paz sorrindo, eu vélo e penso, E julgo ouvir as preces por finados, E ver a tumba e o fumegar do incenso. Se dormito um momento, acórdo em sustos; Pulos me o coração no peito, E abraço e beijo de uma vida extincta O ultimo socio, o doloroso leito.

Escapa ao laço da prisão maldita, Mais viva e alegre, a esse aereo oceano, A alvéloa canta e vôa. Hei-de morrer? porque? se não diviso Em minha alma um remorso; durma ou vele, Se eu velo e durmo em paz, na paz do justo! Se em cada rosto a luz me abre um sorriso; Aqui mesmo, onde a mágoa o riso expelle; E a luz assoma a custo! O fim do meu destino é tão longe!

Eis pois um dragão indigno de aparelhar com o outro que, no jardim das Hesperides, guardava o vélo de ouro, de certo com mais peso e quilates, mas com muito menos direitos á nossa consternação.

Ves eſte que ſaindo da cilada, ſobre o Rei que cerca a villa forte, Ia o Rei tem preſo, & a villa deſcercada Illustre feito digno de Mauorte, Velo ca vay pintado neſta armada No mar tambem aos Mouros dando a morte, Tomando lhe as galès, leuando a gloria, Da primeira maritima victoria.

Detesto o heroe, mas choro ao lado do martyr. Curvo-me perante os altos designios da Providencia, que levantou sobre os broqueis da victoria o Attila moderno, o açoute de Deus e vélo a fronte cheio de horror e de indignação, quando considero este homem feito á imagem do Creador, caminhando sobre cadaveres, na sua sêde insaciavel de conquistas; e por um rasto de sangue humano subia ao throno das monarchias do occidente, depois de perdidas as illusões com que sonhára o imperio da Asia.

E eu, que vélo na vida, e não sonho, Nem gloria, nem ventura; Eu, que esgotei tão cedo, até as fezes, O calis da amargura; Eu, vagabundo e pobre, e aos pés calcado De quanto ha vil no mundo, Morrer sentindo inspirações de bardo, Do coração no fundo; Sem achar sobre a terra uma harmonia De alma, que a minha entenda; Porque seguir, curvado ante a desgraça, Esta espinhosa senda?

Ah! quando Alceo pondéra Que o seu Glauceste suspira, Perde, perde o soffrimento, E qual enfermo delira! Tenha embora brancas faces, Meigos olhos, fios de ouro, A tua Eulina não vale, Não vale immenso thesouro. O fuzil, que imita a cobra, Tambem aos olhos he bello; Mas quando alumêa, Tu tremes de velo. Que importa se mostre chêa De mil bellezas a ingrata?

Tosquia a especie. Dos individuos não se trata aqui e é possivel que até não sejam raros os que o não fazem, ou que, á menor repugnancia da ovelha, a deixam sair intacta e livre das mãos do tonsurador. Outros são de peor genio. Travam de pés e mãos a paciente; tomam-lhe o pescoço entre os joelhos e, sem que o velo não caia ao fio do instrumento, não a deixam saltar do redil para o campo.

E eu que vélo na vida, e não sonho Nem gloria, nem ventura; Eu, que esgotei tão cedo, até as fézes, O calix da amargura: Eu, vagabundo e pobre, e aos pés calcado De quanto ha vil no mundo, Sanctas inspirações morrer sentindo Do coração no fundo, Sem achar no desterro uma harmonia De alma, que a minha entenda, Porque seguir, curvado ante a desgraça, Esta espinhosa senda? Torvo o oceano vai!

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