United States or Barbados ? Vote for the TOP Country of the Week !


Eu vi Rytmel córar de leve e torcer nervosamente o bigode. Pelo lucido instincto da paixão, comprehendi que entre aquella glorificação dos lagos, e os occultos pensamentos de Rytmel, havia uma affinidade. Lembrou-me a revista de Longchamps, os louros cabellos irlandezes de miss Shorn, e voltando-me para Carlos Fradique: Meu caro amigo, um pouco do seu violoncello, sim?

Dir-se-ha mais acertadamente: sabe musica, toca muito bem violoncello, ou harpa, ou rebeca, ou piano mesmo, porque nós não queremos condemnar nenhum instrumento ao ostracismo, pelo contrario queremos livrar os outros do ostracismo a que estão injustamente condemnados.

Eu tinha ido com Rytmel para junto da varanda, e emquanto a pequena melodia soava nas cordas do violoncello, lembravam-me as antigas cousas do meu amor, o Ceylão, as noites silenciosas em que elle me jurava a verdade da sua paixão e a voz do mar parecia uma affirmação infinita; lembravam-me os terraços de Malta batidos da lua, as moitas de rosas de Clarence-Hotel, os prados suaves de Ville d'Avray; via-o ferido, pallido sobre as suas almofadas; via-o a bordo do Romantic, commandando as manobras da fuga, chorando os desastres do amor... E estas memorias emballavam-se no meu cerebro, confundidas com as melodias do violoncello.

Havia em todo o seu exterior o que quer que fosse da feição romantica que tem o Satan de Ary Sheffer, e ao mesmo tempo a fria exactidão de um gentleman. Tocava admiravelmente violoncello, era um terrivel jogador d'armas, tinha viajado no Oriente, estivera em Meca, e contava que fôra corsario grego.

D. Thereza tocava dous instrumentos e cantava, tinha um amante para casar que a acompanhava no canto e com o violoncello: eu comprei em quanto alli estive dous pintasilgos ensinados a tirar agua com o bico, os quaes foram ambos mortos por um gato, que havia em casa.

Um dos espessos reposteiros que cobriam as portas estava corrido e deixava ver, no meio da casa proxima, que era um salão antigo, um piano de ebano volumoso e longo em cujo flanco se lia em grandes caracteres de prata o nome de Erard. Junto do piano, inclinado sobre um fauteuil, achava-se um violoncello defronte de uma estante de marfim.

Chorae arcadas Do víôloncello! Convulsionadas, Pontes aladas De pesadelo... De que esvoaçam, Brancos, os arcos... Por baixo passam, Se despedaçam, No rio, os barcos. Se se debruçam, Que sorvedouro!... Trémulos astros... Soidões lacustres... Lemes e mastros... E os alabastros Dos balaustres! Urnas quebradas! Blocos de gelo... Chorae arcadas, Despedaçadas, Do viôloncello.

Em rebeca: D. Judith de Mello, D. Amelia Marques Pinto, D. Laura Barbosa, D. Irene Fontoura Madureira, D. Rosalia Maia, D. Ophelia d'Oliveira, D. Luiza Coelho de Campos. Em violoncello: D. Guilhermina Suggia. Em harpa: D. Virginia Viterbo e D. Anna Jane Menezes de Mattos. E isto como o canto foi impulsionado, porque era preciso apparecer com vantagens sobre outros.

Vae para Italia?... Mas, então... Ah! Vae para Italia? Minha pobre amiga, quem sabe se isso devia ser! Em todo o caso, em qualquer parte, ou feliz, ou triste, para a consolar, ou para fazer um trio com o meu violoncello, sou seu, adesso e sempre. Apertou-me a mão. Não sei porque, aquellas palavras deram-me uma sensação triste. Quiz ir ao Aterro. A tarde caía.

Oiço dizer que vamos ter muita coisa: as campanas dos niños que estão actualmente na Corunha, o violoncello do snr. Casella, o reportorio do Santos, as tragedias da Ristori, e as guitarras dos fadistas.

Palavra Do Dia

sentar-nos

Outros Procurando