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O somno, as vigilias enchei-me da vossa esplendida vizão. ¿Val o riso choroso as festas da loucura? vinde, guiae-me á sepultura, crente no amor, na gloria, e rindo á solidão. ¡Eu blasphemo, eu desvairo! Aos encontrados votos, nem ecco respondeu n'estes covões ignotos.

Finalmente vos rogo, ó meu Jesus, tenhaes para com a minha alma piedade e misericordia, e mui particularmente me concedaes a graça final, e o fim ditoso para que vós me creastes e remistes, pelo qual unicamente suspiro, e ardentemente desejo conseguir, que é a posse da Bemaventurança no gozo e vizão beatifica de Deus, meu unico, sempiterno e Summo Bem. Amen.

Desaparecida esta vizão ficou mui consolado D. Egas Moniz, e alegre, como vassallo que com são, e verdadeiro amor amava seu Senhor, e suas cousas, e tanto que foi manhã levantou-se logo, e foi-se com gente áquelle lugar, que lhe fora dito, e mandando hi cavar achou aquela Egreja, e Imagem pondo em obra todas as cousas que lhe N. Senhora mandára.

Dessem a Antonio Candido os soberbos assumptos, que Emilio Castellar tem tido na sua brilhante e revolta existencia de agitador e de tribuno; dessem-lhe a vizão radiosa e juvenil da Democracia e da Liberdade, que deslumbrou na aurora da sua vida publica, esse bello Atheniense chamado José Estevão; dessem-lhe o theatro collossal em que representou esse titan de cabeça convulsionada e febril que foi Mirabeau; e veriam se não era egual a qualquer d'esses, sem comtudo se parecer com nenhum d'elles, o homem que póde, ainda hoje, em Portugal, n'este momento de victorioso mercantilismo e de arranjos e combinações deprimentes, fulminar de admiração um auditorio de burocratas, fazer tremer de enthusiasmo uma assembleia de homens de negocios!...

O olhar, que a contemplação das cousas da vida e a vizão interior, desalentada e triste, tem apagado e como que vellado mysteriosamente, accende-se então em scentelhas chammejantes, ou fulgura como luz fixa, penetradora, intensa e viva; a cabeça, admiravelmente modelada, levanta se n'uma attitude de orgulho infinito; o gesto faz-se, ora largo, soberbo, magestoso, ora incisivo, ironico, sublinhando com extranho vigor os tons diversissimos do discurso; na voz poderosa, d'uma gamma opulentissima, vibram-lhe magnificamente todas as cordas que, diante d'um auditorio um tanto sceptico, póde fazer vibrar um artista intelligente a ironia tempera n'ella a indignação, uma graça dolente e melancolica, attenua-lhe e como que lhe subtiliza artisticamente a tristeza.

Maria se chamava! Oh que ventura! Partiu. Eu quiz seguil-a, mas não pude! Que torpor esse que ainda hoje dura! A virgem me proteja e Deus me ajude! Vae alta a noite, eu caio de fadiga, Bambas as cordas do meu velho alaúde! Ó Genio, não te partas sem que eu diga O encanto, mais a graça encantadora D'aquella virgem Castellã antiga. Minha fronte vergou-se, scismadora: Quem será ella, mystica vizão!

O somno, as vigilias enchei-me da vossa esplendida vizão. ¿Val o riso choroso as festas da loucura? vinde, guiae-me á sepultura, crente no amor, na gloria, e rindo á solidão. ¡Eu blasphemo, eu desvairo! Aos encontrados votos, nem ecco respondeu n'estes covões ignotos.

Lembras-te ainda nessa noite Eliza, Que doce brisa suspirava ali? Toda de branco, em tua fronte bella, Rosa singela se ostentava então, Vi-te, e perdido de te ver buscava Se me apartava da gentil vizão! Era debalde; quanto mais te via, Mais me perdia delirante amor; Magicas fallas proferiste incerta, Toda coberta de infantil pudor!