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Desde esse momento D. Branca deixou de ser um segredo da alma do monge, que, tendo a rogos do provincial Frei Antonio da Assumpção acceitado a guardiania do convento de S. José de Ribamar, mais que nunca se afervorou no empenho de retirar-se á serra da Arrabida, desde que percebeu as allusões do duque de Aveiro e de D. Diogo de Lima aos poucos annos da sua mocidade vividos na casa do infante.

Nos trinta annos vividos desde então, muita vez fui esbulhado do fructo do meu trabalho pela mediocridade agaloada; nunca senti senão o desprezo que merecem taes pirraças da fortuna, despeitada contra aquelles que não a incensam.

Mas fulgem n'um olhar uns vividos reflexos, E um vulto erecto e firme encara D. José; «Marquez, murmura el-rei, castigo de Deus é «O horrivel cataclysmo! E agora, que afflicção! «Que havemos de fazer em tal destruição? «Arde toda a cidade, e estão vasios os portos» Salvemos quem viver, demos á terra os mortos. Responde friamente o imigo da utopia.

Os seus versos são sentidos, são vividos como nenhuns; mas o sentir e o viver d'este homem é de uma natureza especial que tem por fronteiras phisicas as paredes do seu craneo, mas que não tem fronteiras no mundo real, porque a sua imaginação paira librada nas azas de uma razão especulativa para a qual não ha limites. O poeta é por isso um mystico, e o critico um philosopho.

Era um destes formosissimos dias de inverno, mais gratos que os do estio, porque são de esperança, e a esperança vale mais do que a realidade; destes dias, que Deus concedeu aos paizes do occidente, em que os raios do sol, que começa a subir na eclíptica, estirando-se vividos e tremulos por cima da terra, ennegrecida pela humidade, errando por entre os troncos pardos dos arvoredos, despidos pelas geadas, se assemelham a um bando de creanças no primeiro viço da vida a folgar e a rolar-se por cima da campa, sobre a qual ha muito sussurrou o ultimo ai da saudade, e que invadiram os musgos e abrolhos do esquecimento.

E não serão o Idílio rústico, a Mãe e outros contos, soberbamente delineados e intimamente vividos, verdadeiros poemas em prosa? Felicitamos calorosamente Trindade Coelho, o nosso querido amigo, pelo seu primeiro livro, que embora glorifique o seu nome, não é de certo o seu primeiro triunfo. Gabriel CláudioJornal do Porto: «Os meus amores.

Disse ella á mana Catharina que a fronte de Calisto parecia allumiada, e no todo das feições e ademanes se revelava certa nobreza e garbo, que o faziam parecer mais novo. E era assim. Os quarenta e quatro annos do morgado, vividos na aldeia, e no resguardo da bibliotheca, viçavam ainda frescura de mocidade. A reforma do trajar fôra grande parte n'isto.

D'este senão, a causa foi um chamado Livro-negro, que herdára de seu tio avô Marcos de Barbuda Tenazes de Lacerda Falcão, genealogico pavoroso, o qual gastára sessenta dos oitenta annos vividos, a colligir borrões, travessias, mancebias, adulterios, coitos damnados, e incestos de muitas familias n'aquellas satanicas costaneiras, denominadas Livro-negro das linhagens de Portugal.

Soára a hora da vida, em que, todas as illusões cahidas, se scisma ou na morte ou n'um crime: a theoria em que consumimos annos vividos de existencia, parece-nos, n'essa hora, negra e ardida; o livro revolvido de paixão e de gritos, mirrado; o sonho exhausto: cada um d'esses homens assassinaria para possuir o que haviam sempre desdenhado, o oiro e o poder.

Com os seus trinta e quatro anos vividos numa vida quasi vegetativa, os traços finos do seu rosto, que fôra duma formosura discreta de morena, conservavam, apesar de tudo, a delicadeza e a graça ingenua que fôram o grande encanto da sua mocidade, quando a tinham trazido para ali.