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Oh! se te eu vira um dia, Elysa, assentada comigo nas ruinas do mosteiro da Rainha Sancta , e d'alli, depois de haveres passado teu alvo braço á roda do meu pescoço, te esquecesses a contemplar Coimbra, como Coimbra se esquecera, tambem com seu braço lançado ao pescoço do monte, a pasmar na tua face d'anjo; se a viras tão linda a retratar-se no Mondego e a sorrir-se para o céo, oh! que tambem tu havias de amar muito Coimbra!

Não rias?! Não creias que estou pintando de imaginação um heroe de novella!... Perguntas-me desde quando o amei, e se foi necessario o fulgor de Marte para vencer a isenção de Juno!? Entendo-te! Viras contra mim as palavras, que eu soltava na ingenuidade do orgulho, quando a inexperiente educanda te divertia com seus encarecimentos de desdem pelas fraquezas apaixonadas. Ouve!

Morreste... ah! dorme em paz! não volvas, que descrente Arrojáras de nova á campa os membros lassos... Agora, como então, na mesma terra erma, A mesma humanidade é sempre a mesma enferma, Sob o mesmo ermo céo, frio como um sudario... E agora, como então, viras o mundo exangue, E ouviras perguntar de que servio o sangue Com que regaste, ó Christo, as urzes do Calvario? Desesperança

Tu, meu querido, tornar-te-ias suspeito a todos os que defendes e pezar-te-ia sempre o teres-me comprometido. Sejamos prudentes. Partirei para Paris alguns dias antes de ti. Virás então juntar-te a mim e construiremos um ninho para o nosso amôr. Ronquerolle recordava este plano delineado pela sua amante e consultava as datas. Ainda oito dias! dizia elle.

Nem o meu pranto contino Tenho mãos para limpar!... Luiza! me esqueceste?... Talvez tu ora suspires Por outro... se tal fizeste... Coração! ah! não delires... Morto , tu me julgaste, E se agora assim me viras, D'aquelle a quem tanto amaste Talvez agora fugiras. Talvez nobre cavalleiro Póde alcançar tua mão... Queira o céo morra eu primeiro, Não saiba a tua traição.

Retirando então o meu braço, dei dois passos atraz, e medi-o da cabeça aos pés com aquelle olhar scintillante e frio ao mesmo tempo, que me achaste duas vezes, e que depois contavas, sorrindo, que era o mais fero e fulminante olhar, que nunca viras, porque gelava e queimava ao mesmo tempo.

Virâ deſpois Meneſes, cujo ferro Mais na Africa, que terâ prouado: Caſtigarâ de Ormuz Soberba o erro, Com lhe fazer tributo dar dobrado: Tambem tu Gama, em pago do deſterro Em que eſtâs, & ſerâs inda tornado, Cos titolos de Conde, & dhonras nobres, Virâs mandar a terra que deſcobres.

53 "Virá despois Meneses, cujo ferro Mais na Africa, que , terá provado; Castigará de Ormuz soberba o erro, Com lhe fazer tributo dar dobrado. Também tu, Gama, em pago do desterro Em que estás e serás inda tornado, Cos títulos de Conde e d'honras nobres Virás mandar a terra que descobres.

Mas he êrro, porque o gira-sol, que he a flor em que foi convertida Clycie, não víra as folhas contra o sol, nem tal disse o poeta: o que elle disse he que esta nympha inda, depois de transformada em planta, segue com os olhos o seu amante; mas a ignorancia ou descuido dos copiadores a olhos substituio folhas. Restituimos: Ainda agora em herva os olhos viras.

Ha mil annos! ha mil! Que é d'ella a tua esp'rança? Ainda, como então, Amor traduz Vingança, E é o int'resse glacial das almas o sudario! Ainda, como então, víras o mundo exangue? E ouvíras perguntar: «De que serviu o sangue Com que regaste, oh Christo, as urzes do Calvario?!» Coimbra, Novembro, 1862. VARIANTE DO 2.^o TERCETO