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No emtanto o remorso acorda, o remorso põe-se a rugir... Vejo a mulher gorda e vesga dar-lhe dinheiro; vejo-a depois partir atravez das ruas, encharcada até aos ossos, sem perceber porque foi vilipendiada, enganada e expulsa... Vae gritar? De que servem os gritos na terra, não me dirão? Para quem ha-de ella apellar no mundo? E não entende.

Césse porém a pungente narrativa de tantos e tão notaveis procedimentos do ministro de uma nação poderosa, contra outra inerme e empobrecida, vilipendiada pela sujeição aos caprichos illegaes de que elle soubéra e podéra servir-se como passatempo, em homenagem ao despeito, e ás paixões odientas que lhe dedicára, e tanto manifestára.

Manuel Coutinho não esperava similhantes palavras da sua bôcca! Pois se namorou tanto dos estrangeiros n'estes poucos dias, que lhe esqueçam as offensas da patria escarnecida, vilipendiada?... Ajudei a vingal-as no campo, sr. Paulo de Azevedo! redarguiu o mancebo com alguma altivez. O que digo vi-o por meus olhos. O meu sangue correu tambem alli!

Quando soube da mulher vilipendiada, d'aquella boa e angelica Paulina, longe de a rivalisar, pelo contrario, tractou de lhe promover o seu maior bem. E foi tanta a longanimidade do seu coração, que um mez depois Alvaro era legitimo esposo de Paulina e um dos mais honrados e bemquistos cavalheiros da invicta cidade do Porto. Deixal-os ser felizes.

Ah! sim, comprehendo: sou pobre de mais, talvez, para saciar a sua medonha ambição; repugnam-lhe as minhas acções, não é assim? causa-lhe tedio olhar para mim! Oh! Coitado! Vai cessar o seu tormento; descance, jámais tentarei embargar-lhe os passos; termina, emfim, o meu aviltamento! A mulher vilipendiada vai desapparecer para sempre d'este mundo, em face de seu despotico amante!

Existe em Portugal um partido numeroso, dirigido por homens intelligentes, que ha vinte e cinco annos está organisado e disciplinado; partido moralmente tão legitimo como o partido liberal, mas que professa francamente o seu amor exclusivo ao passado, e cujos escriptores, usando dos fóros de cidadãos de um paiz livre, affirmam ha vinte e cinco annos perante Deus e o mundo o direito de o não serem, ou, para melhor dizer, o direito de não se lhes tolerar que o sejam. Na grande questão agita o paiz, e que nós cremos importar uma grave manifestação do pensamento reaccionario, ninguem mais do que esse partido tem mostrado zêlo ardente pela educação peregrina, e por tanto lançado com mais violencia o stygma de incapacidade moral e intellectual sobre as pessoas do sexo feminino nascidas nesta terra que possam dedicar-se ao magisterio. No symbolo daquelle partido, uma adoração supersticiosa da nacionalidade figurara entre os seus artigos fundamentaes por vinte e cinco annos; e quando, não esta ou aquella mulher, mas a mulher portuguesa, em geral, é vilipendiada, amaldicçoada, condemnada na sua capacidade moral e intellectual de mãe (porque a educadora é verdadeira mãe da infancia que lhe é confiada), esse partido apaga aquelle artigo fundamental do velho symbolo, e saúda a invasão estrangeira! E não a saúda ; declara-a a táboa de salvação das novas gerações. Não acha que apoderarem-se de orphãos adoptados pela patria seis mulheres e dous ou tres frades estrangeiros seja um facto insignificante ou indifferente.

Queria acaso matar apenas o valido para aterrorisar a rainha; e entregal-a, assim, manietada, ao poder de uma oligarchia urbana, em que Lisboa se arrogasse o papel de defensora do reino, tendo á frente de um conselho de governo, com a regente vilipendiada e coacta, o Mestre, homem simples, por instrumento e chefe?

Separando-se, após a sua entrevista nos «Passeios», Ronquerolle e a marqueza prometteram voltar a encontrar-se em Paris, depois da eleição de 15 de julho. Voltarmos a encontrar-nos aqui, no campo, é impossivel, disse a marqueza. Perder-nos-iamos os dois inutilmente. Eu seria envilecida, expulsa, vilipendiada como uma mulher publica.

O homem, que o seu nome malbaratado, a sua honra vilipendiada; sem ter uma mão caritativa, que lhe sirva de luz por entre as fragas estereis da vida; sem mesmo um refrigerio para as chagas do seu pobre coração; sem uma esperança, ao menos, que lhe acalente os sonhos radiosos do existir durante o correr tempestuoso, que vai do berço á sepultura: esse homem, digo, descrê da Providencia; torna-se cynico; e vai buscar na ponta d'um punhal aquillo que não pôde encontrar no meio d'essa sociedade estulta e devassa.

Da Liberdade aos pés rola, vilipendiada, Como um idolo torpe, a imagem de Jesus, E do eterno Voltaire a eterna gargalhada Persegue a Virgem-Mãe que chora aos pés da cruz! Fervem inda no espaço os odios implacaveis De que innundára a terra uma sinistra ideia, A ideia que do lodo exalta os miseraveis E inspira «Oitenta e nove», a tragica epopeia!