United States or Somalia ? Vote for the TOP Country of the Week !


E como tu estás forte, grande, um homem como eu sempre imaginei que um homem devia ser, como sempre te via nos meus sonhos!.. Que é extranho isto, Carlos: quando sonhava comtigo, não te via como tu d'aqui foste, magro, triste e doente; via-te como vens agora, forte, são, alegre. Mas tu não estás alegre hoje, como hontem; não estás... Que tens tu? 'Nada, querida Joanninha, não tenho nada.

E, quando soccorreste um miseravel, Eu, que bebia calices d'absintho, Mandei ir a garrafa, porque sinto Que me tornas prestante, bom, saudavel. «Ella ahi vemdisse eu para os demais; E puz-me a olhar, véxado e suspirando, O teu corpo que pulsa, alegre e brando, Na frescura dos linhos matinaes. Via-te pela porta envidraçada; E invejava, talvez que o não suspeites!

Via-te arfar o seio... Corar... mudar de côr... E embora, ah! não, não creio... Tu não me tens amor! Portimão. Ah! compadre, a gente foge, Desabelha com calor; Aqui faz fresco na loge,

Como podia eu triste, Ah! inspirar-te amor, Um dia que me viste, Se é que me viste... flôr! Via-te arfar o seio... Córar... mudar de côr, E embora, ah! não, não creio, Tu não me tens amor! E o sonho foi-se e a visão desappareceu. Como se chamava aquella mulher? Vão saber como se chama a estrella cadente que rasga a amplidão do espaço e desapparece n'ella? E foi uma estrella cadente, aquella.

E como tu estás forte, grande, um homem como eu sempre imaginei que um homem devia ser, como sempre te via nos meus sonhos!.. Que é extranho isto, Carlos: quando sonhava comtigo, não te via como tu d'aqui foste, magro, triste e doente; via-te como vens agora, forte, são, alegre. Mas tu não estás alegre hoje, como hontem; não estás... Que tens tu? 'Nada, querida Joanninha, não tenho nada.

Via-te aquella Joanninha piquena, desinquieta, travêssa, correndo por essas terras, saltando essas vallas, trepando a essas árvores... aquella Joanninha com quem eu andava ao collo, que trazia ás cavalleiras, que me fazia ser tam doido e tam criança como ella, apezar de eu ter quinze annos mais. Via-te alegre, cantando... 'Sonhos de homem! Creiam n'elles!

Via-te aquella Joanninha piquena, desinquieta, travêssa, correndo por essas terras, saltando essas vallas, trepando a essas árvores... aquella Joanninha com quem eu andava ao collo, que trazia ás cavalleiras, que me fazia ser tam doido e tam criança como ella, apezar de eu ter quinze annos mais. Via-te alegre, cantando... 'Sonhos de homem! Creiam n'elles!

Descendo para mim d'outras espheras, vinhas Banhado ainda em luz sublime; Via-te bem, sentia os encantos que tinhas, Mas a palavra não te exprime. E quem hoje te , n'estas imagens frias, Encarcerado em duro engaste, Nem por sombras suppõe com que esplendor fulgias, Quando aos meus olhos te mostraste!

Palavra Do Dia

sentar-nos

Outros Procurando