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Via-me na tolda de um paquete entre os perigos de um naufragio: ou n'uma serra espessa, por um grande luar, n'uma companhia de contrabandistas que cantam á Virgem; ou no silencio de uma caravana escoltada de beduinos, acampando no monte das Oliveiras, defronte de Jerusalem.

Desde as noticias genealogicas trazidas por Braancamp Freire sobre D. Maria Brandão, que Christovam Falcão amou, sendo ambos muito creanças, via-me forçado a tomar o nascimento d'elle no fim do primeiro quartel do seculo XVI. Isto me impossibilitava de continuar a admittir as relações pessoaes de Christovam Falcão com Bernardim Ribeiro velho e dementado em confidencias de amor com um rapaz no viço da mocidade; e por tanto as Eclogas em que elle figurava interpretativamente tinham de ser lidas a outra luz.

Via-me discipulo do Bab recebendo n'essa noite, do ulema de Bagdad, a iniciação da Verdade. E partia logo a prégar, a espalhar o verbo babista. Onde iria? A Portugal certamente, levando de preferencia a salvação ás almas que me eram mais caras.

Passava, e passo ainda, longas horas do dia junto da minha secretaria; é este o meu officio. Alguem, que entrasse, via-me grave, correcto, rodeado de livros e papeis, e até, presumo, perdôem-me a vaidade talvez me atribuisse uns certos ares de sabio, em cuja mente magnos problemas se iam sublimando.

E um pai de familia pretendia que eu lhe desposasse a filha... no caso de ser solteiro. Via-me embaraçado com tantos pedidos e propostas. De modo que tive de escrever para um meu amigo de Lisboa pedindo-lhe que me dissesse em telegramma; «Falliu Rio Janeiro casa Antunes & C.ª Paciencia e resignação

Percorreria a Italia; entraria nas cidades ao galope dos cavallos, ao accender o gaz, quando a multidão enche os corsos entre fileiras de altivos palacios da Renascença. Via-me em Napoles, na bahia, por um luar calmo: dormindo sob as vinhas em Ischia; ou na frescura das grutas do Pausilippo, onde ainda choram as nayades... A porta abriu-se de repente, um criado entrou com uma carta.

Via-me forçado até a fazer cumprir as ordens que dava! No meu diario escrevi então alguns perìodos, que vou transcrever aqui textualmente, e que traduzem o meu soffrimento de então.

Ao mesmo tempo, olhando em mim, com a reflexão que me esclarece os meritos alheios, via-me pobre, desvalido das qualidades que dispensam a riqueza, incapaz de pedir ao artificio os donaires e geitos que modificam a rudeza natural, peorada pela soledade do gabinete e preoccupação de estudos incompativeis com as finas graças da cortezia.

Depois, com o rosto dolorido, n'um queixume: Mas se eu nunca fui amado! Assim como o terreno a que não chega o arado, Semelhante em mudez ás pedras do caminho, Era o meu coração. Via-me tão sósinho, Que, por vezes, cravando o meu olhar nos ceus, Interrogava o Espaço, interrogava Deus, Procurava arrancar ás trevas o motivo De haver dentro de mim um morto, estando eu vivo.

«Juro-lhe que n'esse momento tive pena de não ser um ente possuidor da faculdade do movimento, de vida, emfim, para poder corresponder aos ternos beijos com que a minha boa dona me saudava. Infelizmente, tinha de me contentar com os receber e não podia retribuil-os. Via-me obrigada a ficar immovel, gelada, na apparencia indifferente.

Palavra Do Dia

stuart

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