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E, de feito, esse magistrado era o licenceado Christovão Ferreira, homem probo, consoante o testemunho do veador Simão Botelho de Andrade que, em carta de 30 de janeiro de 1552, dizia a el-rei D. João III: «... O ouvidor geral André de Mendanha é infamado n'esta terra acerca de peitas: póde ser que será mentira: e no mais do seu cargo parece que o faz bem: o provedor-mór Christovão Fernandes é muito bom homem, segundo dizem, se não é um pouco embaraçado no cargo: parece que havia de haver thesoureiro do dinheiro dos defuntos, porque será melhor despacho para as partes, e andará o dinheiro mais liquido e certo, quando o não houver de arrecadar a pessoa que houver de julgar . O frade dominicano que o vice-rei chamava ao seu despacho era esse mesmo Simão Botelho das cartas austeras, que depois de ter sido muitos annos veador e capitão de Malaca, vestira o habito de S. Domingos, e assim mesmo era consultado por todos os vice-reis, e acompanhára D. Constantino na jornada de Jafanapatão, em 1560, arvorando á frente da hoste um Christo crucificado.

O Historiador Conestagio relatando a desordem e a pobreza em que estava o Reyno antes da infeliz expedição del Rey Dom Sebastiaõ para Affrica, diz que nunca Portugal fora taõ feliz, que tivesse hum homem dotado de tanta capacidade e intelligencia que soubesse governar as rendas Reais: porque o Cargo de Veador da fazenda se dava sempre por favor, e para gratificar os Cortezaõs, sem attenderem a nenhum merecimento; e por essa cauza, não havendo nem cuidado, nem conhecimento daquelle emprego, que todos os rendimentos se gastavaõ nos sallarios dos Ministros, nos dos Magistrados, e dos Governadores; que o Estado estava taõ pobre que os Ecclesiasticos pagáraõ entaõ cento e cincoenta mil ducados; e os Christaõs novos duzentos e vinte cinco mil, com promessa que se fossem prezos pela Inquisiçaõ que não seriaõ os seos bens confiscados.

Fernão Fogaça, veador do principe, homem astuto, cauteloso e atrevido, foi enviado a Hollanda para proclamar em embaixada publica os aggravos e exigencias do soberano portuguez, e revelar secretamente ao conde a verdadeira causa da sua vinda.

Em 1552 escrevia o veador da India, Simão Botelho, a D. João III estas graves accusações de Francisco Barreto: «O capitão de Baçaim tomou tanta posse com os poderes que lhe vossa alteza mandou, que faz mercês em seu nome, como o vice-rei; vi-o por dous mandados seus; fez escrivão da fazenda a que poz de ordenado cento e cincoenta mil reis, sem licença do vice-rei, e mandou-lhe logo pagar um anno de antemão; paga quanto soldo quer... E comquanto vossa alteza defendeu por sua provisão que os capitães de Baçaim não cortassem madeira, não o quiz Francisco Barreto deixar de fazer, mas antes pediu ao vice-rei, depois de a tirar, que lh'a tomasse para vossa alteza por avaliação; e custando-lhe a corja de dezoito até vinte pardáos, lh'a avaliaram a cincoenta e oito pardáos em que se montou perto de dezoito mil pardáos de ouro, que se fez bem a sua a vontade; e assim tinha certos cavallos seus, e vende-os no soldo, para que tambem lhe o vice-rei deu licença para se pagar d'elle, o qual comprou, em que se montou seis ou sete mil pardáos; e dizem alguns que estavam concertados elle e o feitor sobre estes ganhos, e por se agora desavirem se souberam estas cousas e outras, e mal pela fazenda de vossa alteza... ». Aqui está o perfil do tão encomiado Francisco Barreto que poz em justiça Luiz de Camões.

Na batalha do Toro devia ir no inverno da vida quem vinte annos antes desfraldára o pendão real em Alcacer-Ceguer, e quem tinha um filho, que acompanhára como veador a Castella a mãi da princeza D. Joanna por amor de quem andava accesa a guerra.

Apossado iniquamente dos senhorios de Carvalhaes, Ilhavo e Verdemilho, Ruy Borges, filho de Antonia de Berredo, affeiçoou-se a D. Catharina de Athaide, filha de Alvaro de Sousa, veador da casa da rainha, senhor de Eixo e Requeixo, nas visinhanças de Aveiro.

Affonso, o successor das honras e coutos de Villarigas e Cavallaria, casou com D. Leonor Vaz Castello Branco, filha de João Vaz Cardoso, aio do conde de Barcellos. O filho segundo, Ruy, foi para Castella, como veador da princeza D. Joanna, filha de D. Duarte, e mulher de Henrique IV.

Na linda egreja do convento de Santa Iria, que o fallecido architecto Nepomuceno comprou por 300$000 réis, e se achava encorporada no mosteiro fundado por D. Maria de Queiroz, viuva de Pedro Vaz de Almeida, veador da fazenda do infante D. Henrique, ha um retabulo em baixo relevo de bella pedra d'Ançan, que é simplesmente, pelo desenho, pelo stylo, pela mão d'obra e pelo estado de conservação em que se acha, uma das obras capitaes da esculptura da Renascença em Portugal.

A tença dos 15$000 reis, o apregoado escandalo da sovinaria dos ministros, não era, áquelle tempo, a miseria que se nos figura. Vejamos e comparemos os ordenados d'aquella época. O ordenado dos desembargadores do cardeal infante eram 30$000 reis, do copeiro-mór 6$000 reis, do vedor das obras 4$000 reis, do guarda-mór 13$000 reis, e do veador da fazenda 30$000 reis.

A seis de junho da era de Cesar de 1411 em um dos andares da torre do castello, o veador da chancellaria, Alvaro Pires, passeando de um para outro lado, dictava a um mancebo vestido de garnacha preta, e que tinha diante de si tinteiro, pennas, e folhas avulsas de pergaminho, a seguinte nota: "Item.

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