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Repuxou desesperadamente a egoa pelo muro desmantelado, nas ruinas da nave pulou para o selim, e varou n'um trote o portal, galgou o adro com ancia socegou ao avistar, ao fim do pinhal, a cancella do Caminho de Ferro aberta, e uma velha que a passava tangendo o seu burro carregado d'herva.

O terceiro varou o coração de seu pae, e os seus gritos de triumpho quasi que chegavam ao céo, porque lhe parecia impossivel acertar melhor.

Como se não bastasse, porém, a desegualdade entre os dous contendores, o infante, ferido por uma setta que lhe varou o corpo, tombou por terra logo ao principio da peleja, e com a sua morte feneceu em redor d'elle todo o esforço dos animos mais robustos. Sómente o conde de Avranches, que havia jurado não sobreviver a D. Pedro, luctou denodadamente contra os de el-rei, senhores da victoria.

Tu foste o paladino, o trovador sagrado, Que falaste do amor, da paz e do perdão, E o ferro que varou teu corpo lado a lado Comtudo inda reluz altivo em muita mão! Nós, hoje, quando em luta erguemos sobre a liça O gladio vingador das oppressões crueis, Soltamos, n'um sorriso, o nome da Justiça, E ha quem saiba morrer sem bençãos nem laureis! Descansa pois Jesus!

Pedro de Mariz e a serie de biographos mais antigos testificam que Simão Vaz, tendo naufragado em terra firme de Gôa, a custo se salvára e morrera depois n'esta cidade. Ora, em 1552, a nau Zambuco varou no rio de Seitapor, a trinta leguas de Gôa, salvando-se a tripolação. Seria essa a nau em que Simão Vaz de Camões ia novamente no engodo da fortuna esquiva? Se era, em março de 1553, quando Camões sahiu do carcere, a morte de seu pai não podia ainda saber-se em Lisboa.

E então outra idéa o varou como uma espada e tão dolorosa que recuou com terror da beira do Mirante d'onde ella perversamente o assaltára. porém uma desesperada curiosidade a agarrára, o empurrava e collou a face á persiana com a cautella d'um espião. O Mirante recahira em silencio Gonçalo temia que o trahissem as pancadas do seu coração... Santo Deus!

Mas o murmurio do Mirante ainda o envolvia, mais desfallecido, mais rendido «Não, não, que loucura!... Sim, sim, meu amor!...» Abalou atravez das salas desertas como uma sombra acossada; escorregou abafadamente pela escadaria de pedra, varou o portão n'uma carreira, espreitando, com medo do Joaquim da Porta. No Largo parou, deante da grade do relogio do sol.

Guiados pelo Chefe do Trafico, pelo Secretario da Companhia, occupamos copiosamente o nosso salão. Eu puz o meu bonet de sêda, calcei as minhas chinellas. Um silvo varou a noite. Paris lampejou, fugiu n'um derradeiro clarão de janellas... Para o sorver, Jacintho ainda se arremessou á portinhola. Mas rolavamos na treva da Provincia.

A noite começava a entrar nas coisas. Um grito de pavão varou o parque, assustou os jardins que adormeciam, e um instante no ar, teve saudades... Uma angústia sem nome andava esparsa, caía das árvores grisalhas, que pareciam

E o cantar do Videirinha, elevado da alma, varou a muda ramagem das olaias: Os Ramires d'outras eras Venciam com grandes lanças, Este vence com um chicote, Vêde que estranhas mudanças!