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Ha no genio portuguez o que quer que é de vago e fugitivo, que contrasta com a terminante affirmativa do castelhano; ha no heroismo lusitano uma nobreza que differe da furia dos nossos visinhos; ha nas nossas letras e no nosso pensamento uma nota profunda ou sentimental, ironica ou meiga, que em vão se buscaria na historia da civilisação castelhana, violenta sem profundidade, apaixonada mas sem entranhas, capaz de invectivas mas alheia a toda a ironia, amante sem meiguice, magnanima sem caridade, mais que humana muitas vezes, outras abaixo da craveira do homem, a entestar com as féras.

Uma das principaes causas a que atribuem o celibato da Zina, é o boato vago da estrambotica ligação que dizem haver tido, ha exactamente dezoito mêses, com um réles utchitel boato que ainda se não desvaneceu. Citam uma missiva amorosa escrita pela Zina e que dizem ter corrido Mordassov de um extremo ao outro. Mas, por favor, não me dirão, leram a tal epistola?

Coney-Island aos domingos é para os americanos o que o Bois é para os francezes e Hyde Park é para os inglezes um interessantissimo microcosmo de incrivel bizarraria, cheio do vago rumor de uma multidão que passeia, que canta, que ri e que bebe ao ar livre, n'um pêle-mêle vertiginoso, com as suas toilettes claras, com o seu bello ar despretencioso, com os seus gestos largos de quem respira uma atmosphera leve e pura.

Era certo que elle havia escripto «... E depois, eu não sei bem porque chamei ao meu livro Contos ao luarQue elle, o phantasioso contista, tivesse aceitado a sequencia d'um sonho interrompido, d'um devaneio cortado pelo fremito d'uma vaga, que quizesse dar aos seus contos o vago do luar, não comprehendiam os grammaticões.

Nenhum de nós o viu andar prégando, Nenhum seu olhar vago lhe notámos, Nunca o vimos no ermo a Deus orando, Nunca a mão estendida lhe apertámos; E por todos seu nome vai passando, Todos, os seus preceitos, decorámos... E que vêr-lhe a campa ao Oriente Quem os olhos da carne tem sómente. Que é um tumulo acaso, esse tributo Pago pela materia á vil materia?

No último limite da percepção visual, tam ao largo como pode alcançar a nossa vista cansada e extática, o esmalte pálido do céu e a linha fôsca do horizonte tocam-se, mas não se confundem. São dois antagonismos, são dois infinitos, duas grandes interrogações, tangentes mas opostas, raiando e barrando a tôda a volta a imensidade do espaço, como os dois batentes da incorruptível porta do Mistério. Ao mesmo tempo acontece que, na chata uniformidade dêste solo raso e sombrio, os mínimos acidentes topográficos, os contornos mais insignificantes, um ligeiro médano, uma leve saliência, qualquer ínfimo relêvo, como se projectam inteiros na despejada tela do horizonte, e pela sua mesma raridade, ganham assim valor, crescem, avolumam, assumem dimensões gigantes, e alçam-se e aprumam-se bruscamente, caprichosos, enormes, como solitários ilhéus no berço cavo das ondas. Tal imponente e vago mamelão que ao longe nos aparecia como um punhado ciclópico de rochedos,

O espanto da pobre rapariga, o orgulho que sorri entre duvidas, de que, elle conheça Sa Magesté!... Perdida n'um cantinho da Bretanha, na sua grande França republicana, essa ideia será para ella qualquer coisa de grandioso e vago como os radiosos contos de princezas e fadas de que a sua infancia foi entretecida.

Escutando o coração, o pae de Angela decifrava no vago terror que lh'o innoitecia que nunca mais havia de vêl-a! Enganava-se. Tinha de vêl-a um instante, e esse seria o derradeiro e unico.

Uma imprevista occorrencia mudou, porém, o aspecto da scena. Havia alguns momentos que começára a ouvir-se um vago rumor, que tanto podia ser do vento na rama dos pinheiraes, como de multidão que se approximasse em tropel. As conferencias solapadas de algumas personagens dos grupos tinham-se activado ao ouvil-o.

E não se quer pensar!... E o pensamento Sempre a morder-nos bem, dentro de nós... Qu'rer apagar no Ceu Ó sonho atroz! O brilho duma estrela, com o vento!... E não se apaga, não... nada se apaga! Vem sempre rastejando como a vaga... Vem sempre perguntando. «O que te resta?...» Ah! não ser mais que o vago, o infinito! Ser pedaço de gelo, ser granito, Ser rugido de tigre na floresta! *Amiga*