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FRANCISCO, intervindo: Tónio, bem vês... A Maria Joana de vir a ser minha mulher. Eu não queria que por via disso... de dinheiro... , , ... não tens que «agarcer»; são dela. Eu é que mando aqui: sou o mais velho. Juro que te arrependes, Tónio! Cego seja eu de gôta serena. Pois cego sejas tu. FRANCISCO, interpondo-se: Olhem o médico! Tenham juizo, ó menos...

TÓNIO, desiludido, ao médico, abanando a cabeça: Na. Póde vossa senhoria desabafar; eu sei o que vai haver esta noite... Adivinho! Ó «home», que genio! que fraqueza! Não vês êste senhor a dizer-te que não. Êle é que sabe, que estudou... Pois sim. Estâmos sem pai, «Fracisco»! MARIA JOANA, que vinha entrando e que ouviu o irmão dizer aquilo: O quê! Morre? Morre? meu pai morre? Ah, meu pai!

MANOEL, de troça: Dá-lhe vinho, dá-lhe vinho... TÓNIO, furioso, agarra num banco e avança para o irmão: Esmago-te como a um sapo, maldito, se te não calas! MARIA JOANA, suplicante, entre os dois: Tónio! «Manel»! Nosso-Senhor castiga-vos!... Por Deus! Ai, Jesus! TÓNIO, cedendo: O que te vale... Sentam-se ambos, calados, tacitumos, a distância. MARIA JOANA fita um momento o grupo.

MANOEL, rôto, alucinado, escorrendo sangue, consegue erguer-se do chão, aonde por duas veses o prostrára o pulso férreo de TÓNIO; apanha emfim a espingarda e alveja-o. MARIA JOANA, interpondo-se, num salto ágil: Ai, que te desgraças! ai que te desgraças, «Manel»! Larguêza! larguêza senão arrebento-te tambem... Ela resiste, debate-se, diante da arma.

TÓNIO, a meia voz: Farçola! o que tu merecias... MANOEL, que ouviu bem: Tanto sopras no fole, que o fole um dia estoira... O quê? que dizes?

MARIA JOANA, de dentro, a gritar: veem! veem! Que foi? TÓNIO, de fora, ao mesmo tempo, chamando: Maria Joana! ó Maria!... Abram isso! Abram! Francisco corre a abrir a porta. confusão, reboliço. «Santo nome de Deusdiz Maria Joana. Entram o médico e Tónio. O M

Esta, num repelão, dispára-se, indo a carga alojar-se no peito da rapariga. TÓNIO, vendo a irmã caída num lago de sangue: Mataste-a! MANOEL, poisando a espingarda e com um sorriso cínico: Matei?... Pois tira-lhe a pele, que é d'estimação... Recomeçam a luta.

Continuam os gritos. MANOEL tem uns segundos de perplexidade, olha em redor, hesita, vai, corre para o arcaz; abre-o, mergulha o braço nervosamente no fundo; tira tudo, roupas, farrapos, misérias, remeche, procura, encontra emfim o que ambiciona: a bolsa com as vinte moedas! TÓNIO, que entra desgrenhado, percebe tudo, exclama: Ah, tratante! ah, ladrão!... Agora é que tu queres roubar a tua irmã!

FIGURAS: TÓNIO...........} MANOEL..........} irmãos. MARIA JOANA.....} FRANCISCO....... noivo de Maria Joana. O M

Por ali; tenha a bondade... Vossa senhoria de desculpar, é uma casa de «probes»... Desaparecem os dois falando, no interior da casa. Fora ficam os tres homens: TÓNIO, o irmão e FRANCISCO. Nenhum deles diz palavra. Um cão põe-se a uivar, perto. FRANCISCO, nervoso: Olha o diabo do cão!