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O recêm-vindo arriscou então alguns tímidos passos no baralhado pejamento do recinto. Era uma vasta peça, alta e triste, forrada a papel vulgar, esfarpado a trechos e comido junto ao teto por eczemas de humidade.

Um enxame de moscas poisava na gaze suja que revestia o candieiro de metal suspenso do teto fuliginoso; e atrás, sôbre o pano fundeiro, lia-se no vidro fosco duma porta interior esta palavra em letras gordas debaixo dum emblema galénico: LABORATORIO Avancei, anunciei-lhe o objecto da minha visita.

De forma que a sua alma saiu-lhe do corpo, de jeito alegre; e então, invisível, entrava nas casas dos conhecidos, passeava nos quartos e salas, e para divertir-se fazia estalar os forros do teto e os barrotes do chão, e também os trates novos, e os balaios de vime grosso; e se achava dependurada uma viola, fazia sonar o encordoamento, para alegrar-se com a lembrança das suas cantigas, de quando era vivo e cantava...

A revolta traduzia-se pelo embrutecimento, pela apatia, pela oposição passiva dos fracos e dos ignorantes. Fechada no quarto todas as manhãs, em vez de estudar deitava-me sobre a cama, e afiguravam-se-me as tábuas alinhadas e estreitas do této como se fôssem as tábuas do meu caixão.

Muito embora, Marilia, muito embora Outra belleza, que não seja a tua, Com a vermelha roda, a seis puxada, Faça tremer a rua. As paredes da salla aonde habita Adorne a seda, e o tremó dourado; Pendão largas cortinas, penda o lustre Do této apainelado. Tu não habitarás Palacios grandes, Nem andarás nos coches voadores; Porém terás hum Vate, que te preze, Que cance os teus louvores.

E vim aos casais pobres, a pedir-lhes esmola de consolo e fortaleza, toda a luz da alma e o calor de afectos e o louvor de Deus que a soberba baniu, na ignorância do seu alto poder; vim pedir-lhes a firmeza e coragem, que no orgulho andam pervertidas, e o trabalho e a que são brazão, altar e epopeia dêsses tugurios razos como o zimbro em que o teto mal cobre, a custo abrange, uma enxada e o berço e o coração, doirando de amor e de fadiga um lar estreito, a rudeza das pedras mal unidas e os colmos negros que as revestiram.

O destino enigmático aproximava-os novamente, e desta vez com a particularidade de se conhecerem de perto, de não serem estranhos a um afecto que em Júlia era digno e enternecido e que nêle degenerara em sensualidade animal; de haverem vivido sob o mesmo teto, de se terem confessado as suas simpatias e as suas predilecções, de se fazerem mútuas confidências em que notavam, rindo, um gôsto idêntico, uma inteligência que tinha pontos de contacto, modos de ver em que havia semelhança.

Mas, breve, com o glorioso avançar do dia apertava o calor, e então quáse certo era irem os dois amigos demandar por um instante o confortável refúgio de algum dêsses humildes ranchos dos colonos agrícolas, sumaríssimas construções de palha e barro, tímidas e míseras palhoças que abrigavam sob o teto, raso e intonso, uma vida tam elementar como as suas paredes eram primitivas. Ausência quáse total de mobília, reduzida a alguns polidos cránios de vaca servindo de assento, e a raros catres ou esteiras sôltas sôbre a terra nua. A alimentação parca e simples, por igual: carne, pão, mate, açúcar, e mais um pouco de arroz nos dias de festa. Um campo rudimentar de acção e um reduzido vôo de desejos. O miudito espaço fechado por estas ingénuas tócas

Os mosquetes estrondeam Sobre a gente ignorada, Que, acima do seu espanto, Tem a vida decepada...; E colubrinas maiores Fazem maior matinada!... Dócil gente, não receia, As iras de Portugal: Porque nunca houve lembrança De haver-lhe feito algum mal: Nunca manchara seu teto...; Nunca comera seu sal!...

A biblioteca, que em duas salas, amplas e claras como praças, forrava as paredes, inteiramente, desde os tapetes de Caranânia até ao teto de onde, alternadamente, através de cristais, o sol e a electricidade vertiam uma luz estudiosa e calma continha vinte e cinco mil volumes, instalados em ébano, magnificamente revestidos de marroquim escarlate.