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E n'este ponto, a sr.ª D. Maria das Dôres fez uma longa resenha de senhoras que seu marido achára excellentes creaturas; depois, fechado o catalogo não breve nem de todo imaginativo, espirrou uma risada aspera, que feriu desagradavelmente o tympano do marido.

No fundo d'estes portaes de arcadas embocetadas e decrescentes, abre-se o vão da porta, offerecendo em geral um tympano de pedra, ora com baixos relevos symbolicos, ora liso ou formado de pequenos parallelipipedos. D'esta ultima disposição existe entre nós exemplo na antiga porta lateral da de Lisboa, hoje restaurada.

Estes portaes occupam espaço profundo, porque são regularmente construidos entre dois contrafortes salientes da fachada. O pilar que separa o portal, e o tympano dos grandes portaes do XIV e XV seculos, tem sempre estatuas de Santos debaixo dos doceis e apoiando-se sobre misulas primorosamente esculpidas. Desapparecem as estatuas em muitos monumentos.

Nos grandes monumentos do seculo XI, e especialmente do XII, os portaes mais notaveis, e até mesmo algumas vezes os secundarios, são ornados profusamente de esculpturas de todo o genero. Quando as archivoltas dos portaes são cobertas com muitas esculpturas, o tympano é quasi sempre ornado d'um baixo relevo, representando Jesus Christo sentado e sob uma aureola.

Algumas vezes o tympano era de pintura polychromica sobre fundo de ouro, systema que constitue, sem duvida, uma imitação pobre dos ricos tympanos byzantinos de mosaico, como se vêem em S. Marcos de Veneza. Por cima dos portaes, janelas da mesma disposição architectonica dão luz ás naves; a central é a origem da futura rosacea do Estylo Ogival.

Uma voz angelica, trémula como um longo gemido, mas melodiosa como o suspirar de brisa por entre flores, e o murmurar de fontinha no cristal da taça, uma voz que ainda hoje me entra no tympano da alma, uma voz que nunca mais sahiu da memoria do meu coração... foi a voz que ouvi... era ella cantando, era o anjo que segredava ás estrellas as magoas do seu exilio, era a fada que invocava as magicas apparições da noite, era o espirito aerio, como o não sonharam Wieland, Hoffmann, nem Goethe, a descer das regiões ethereas para encher a terra das harmonias santas que foram a linguagem humana antes da queda da primeira mulher.

No tympano representavam o dia de Juizo; ou Christo, sem que o rodeassem os symbolos dos Evangelistas, segundo o costume do seculo XII; está o Christo com as mãos levantadas, tendo aos lados anjos, além de Nossa Senhora e S. João ajoelhados, como se lhe implorassem clemencia. Os anjos seguram a cruz, a corôa de espinhos, os cravos e a lança, instrumentos da Paixão.

Para diminuir o espaço vazio das rosaceas do tympano das grandes janellas, collocavam-se redentes de cantaria seguros por circulos de ferro. Ás vezes, no seculo XIV, se substituiam as rosaceas do tympano por folhas de trêvo, ou compostas de quatro folhas, e tambem com outras combinações de figuras geometricas.

Vêem-se tambem nos bordados, nas rosaceas do tympano e nas almofadas inferiores das janellas, e inscripções que apparecem frequentemente. No meiado do XIV seculo, uma importante descoberta, do amarello de prata, fez obter aos pintores de vidraças um novo esmalte e proporcionou-lhes grande facilidade no trabalho da pintura.

A arte não tivera fadigas, ao concebel-a; o cinzel pouco se embotára a executal-a; nem uma columna singela, nem um florão, nem um tympano lhe davam a menos pretenciosa apparencia monumental.

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