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Pertunhas, torcendo-se, batendo com o pé, suando, arregalando os olhos, piscando-os, marcando o compasso com a cabeça armada de enorme trompa, que lhe dava então não sei que apparencias de proboscidiano.
Severa, toda de bronze ella deixava entrevêr, lá ao fundo, os ouros, a neve, as pedrarias do Santuario refulgindo com serenidade... Nos largos degraus, mais lustrosos que alabastro, desenrolavam-se duas collegiadas de levitas, ajoelhados e vestidos de branco uns com uma trompa recurva, outros pousando os dedos sobre as cordas mudas de lyras.
Mas antes que o fizesse, uma onda popular, trazendo á frente a bandeira nacional e a philarmonica da terra, invadia o pateo e atordoava os ares com vivas, hymnos e foguetes. Á frente da musica estava radiante mestre Pertunhas, embocando a trompa com mais arreganho que nunca! O conselheiro chegou á janella, e então é que as acclamações fôram estrondosas.
Os da trompa Sopra-lhe ahi com força para accordares o Diamantino, que me vendeu um fato de banho por mais seis tostões. Patife! Casos... Conta-se a anecdota de certo prelado de uma diocese do Alemtejo, homem de lettras afamado, que viveu no tempo do marquez de Pombal e que, em estando entregue aos seus trabalhos litterarios, de nada mais queria saber.
Contra o seu costume, a trompa de prata pendia muda, e nem o ardor da carreira, nem as iras do javali, varado pelo seu venabulo, lhe arrancavam os sons festivos, que era sempre o primeiro a levantar. Que magoa, ou que remorso entristecia o senhor de Algoço?
A máquina de escrever, escancarada, com os buracos negros marcando as letras desarraigadas, era como uma bôca alvar e desdentada. O telefone parecia esborrachado, enrodilhado nas suas tripas de arame. Na trompa do fonógrafo, torta, esbeiçada, para sempre muda, fervilhavam carochas.
Corpos de armas brunidas, achas, montantes, lanças e adagas entrelaçadas em caprichosos ornatos enfeitam as columnas, cujos capiteis lavrados sustentam os fechos da abobada. O monteiro, apercebendo Tello, encaminhou-se para elle. O mancebo vinha tão soffocado, que pôde dobrar apenas o joelho e offerecer-lhe a trompa.
Mestre Bento Pertunhas, ficando só, deu algumas voltas cantarolando, sentou-se depois, e pegando na pasta de Augusto, poz-se a examinar os papeis que ella continha. Ao mesmo tempo simulava umas variações de trompa, á fôrça de contracções e esgares dos labios. A pasta, victima da indiscreção do mestre, era a mesma que Augusto trazia, quando o vimos no Mosteiro.
O besteiro obedeceu. Entregando-lhe então a trompa de prata, a velha ajuntou: O mordomo de Sueiro Lopes entrou aqui e leva roubada a tua noiva. Corre, que por tua felicidade corres, e não pares senão na villa de Miranda. Busca os Paços do conde e apeia-te. Se te perguntarem quem és, dize que procuras o senhor. Já o viste.
Tu sabes lá, homem, o que eu tenho no coração? N'isto chegou-lhes aos ouvidos um vozear distante, com um rumor de acclamações e applausos. Eram os clamores dos grupos populares, celebrando a victoria do conselheiro. Os sons da trompa do mestre Pertunhas dominavam todos os mais. Uns riem, emquanto outros choram disse o Cancella. Ha alegria acolá.
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