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E então elle mostrára muito asperamente ao José Ernesto a inconveniencia de dispôr do Circulo como d'um charuto, sem o consultar, a elle, Governador Civil e dono do circulo... E como o José Ernesto se arrebitava, alludia á conveniencia superior do Governo, elle logo, estendendo o dedo firme: «Pois Zésinho, flôr, ou trago o Ramires por Villa-Clara, ou me demitto, e arde Troia!...» Espantos, escarceus, berreiros mas o José Ernesto cedêra, e tudo findou jantando ambos em Algés com o tio Reis Gomes, onde á noite, ao «bluff», as senhoras lhe arrancaram quatorze mil reis.

Eu duvido. Não sei como os homens se podessem entender com aquella endiabrada contradança de palavras, com aquella desafinação que faz dar volta ao juizo de uma pessoa. Sabe o senhor o que é uma casa desarranjada, onde ninguem se lembra onde tem as suas coisas quando precisa d'ellas e passa o tempo todo a procural-as? Pois é o que é o latim. Abre a gente um livro e põe-se a traduzir e vae dizendo: «As armas, o homem e eu, canto, de Troia, e primeiro, das praiasQuem percebe isto! Ora agora peguem n'estas palavras e em outras, que elles punham ás vezes em casa do diabo, e façam uma coisa que se entenda!

Athenas e Esparta.* Os tempos immediatos á guerra de Troia foram de violentas commoções politicas e de longa anarchia. Desappareceram quasi todas as antigas familias reaes, victimas ou de tragedias domesticas ou de luctas cruentas com outras familias. Houve alêm d'isto um grande embate de tribus, ao fim do qual as mais fracas succumbiram, estabelecendo-se as mais poderosas em regiões novas.

Ulysses, o Paladion, e Eneas o escudo que ganhou de Ulysses na guerra de Troia: estas eram verdadeiras armas, em memoria de valorosos feitos. E quanto ao principio das emprezas, escreve Pauzanias, que Agamemnon trazia no escudo a cabeça de um leão de ouro, com uma lettra que dizia: Este é terror dos homens, e o que o traz é Agamemnon. Antioco trazia por armas outro leão.

Andromacha despedindo-se de Heitor ás portas de Troia, Priamo supplicante aos pés do matador do seu filho, Helena luctando entre o remorso do seu crime e o amor de Páris, não tinham ainda sido eclipsados pelas declamações da mãe Eva ás grades do paraizo terreal.

Os espectros, segundo noto, são eruditos. Leram Virgilio, Horacio, e Vegecio. Este aldeão medita uma nova edição do cavallo de Troia em formato reduzido. O que elle vae buscar não é vinho, é somno para nos ter á sua disposição...

*5.º Guerra de Troia.* De todos os grandes acontecimentos pertencentes ao periodo heroico da Grecia, este foi o mais notavel e é o mais conhecido. Incumbiram-se de perpetuál-o, desde os mais remotos tempos, a lenda, a arte, a poesia. A guerra de Troia é um facto evidentemente historico, imbora as particularidades de que o revestem sejam meras ficções poeticas.

Havia ali reproducções em marmore da Venus do museu de Napoles, de Milo, Medicis, Capitolio e Troia; de Apollo, e três estatuas de Sapho, salientando-se a de Pradier, que, dum estrado alto, curvada, parecia presidir ás danças orgiacas, que a sua memoria suggeria; finalmente, uma larga profusão de espelhos, luzes, e instrumentos de musica, sobresahindo harpas, lyras e psalterios.

Os caracteres dos heroes da Iliada são todos agigantados e o valor d'estes rude, como o podia conceber a mente de Homero; mas os valentes de Troia são sempre homens, em quanto os da Grecia são muitas vezes semi-deuses. Para julgar Homero é preciso collocar-nos no seu tempo e no seu país.

Neste caso o poeta repelliu todo o odioso da historia e aproveitou ou inventou o que dava um som unisono com a idéa que o dominava: assim, na Iliada tudo a ella tende; assim, o poema começa quando a ialta de Achilles deixa fulgir o valor dos outros heroes e acaba quando a morte de Heitor devia, bem pelo contrario da verdade historica, fazer caír Troia e dar a victoria aos gregos.