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Parenthesis de sombra entre o poente e a alvorada, Morrer é ter vivido, é renascer... O horror Da morte, o horror que gera a consciencia do Nada, Quem vive é que lhe sente o afflictivo travor. Sangue do nosso sangue, almas que estremecemos, Seres que um grande affecto á nossa vida enlaça, Somos nós que a sua morte implacavel soffremos,

Morte que, sem piedade, uma a uma arrebata, Como um tufão que passa, as nossas affeições. E, deixando-nos sós, lentamente nos mata, Abrindo-lhes a cova em nossos corações. Parenthesis de sombra entre o poente e a alvorada, Morrer, é ter vivido, é renascer... O horror Da Morte, o horror que gera a consciencia do Nada, Quem vive é que lhe sente o afflictivo travor.

A mãe não conheceu o travôr do epigramma. Chamou o marido, e quiz que o filho repetisse o conflicto diante de seu pae. Francisco ouviu-o, doeu-se, dissimulou o pesar, e disse-lhe: Irás frequentar outra aula. Acontece-me o mesmo em toda a parte, contrariou Fernando com certo desabrimento deshumilde.

Como este homem captou a benevolencia publica, mórmente a dos maridos, isso não sei eu. Caprichos. Commiseração, lastima e , não a faz decerto o marido de Ludovina. Eu de mim, apesar de quem me forneceu os apontamentos d'esta lugubre historia, mais de uma vez tenho dulcificado com as amenidades da linguagem o travor das informações insuspeitas.

Vinham-lhe as recordações alegres do seu passado, buliçosas de vida e de enthusiasmo, dominando na fluencia da sua luz as manchas escuras, que lhe tinham feito conhecer o travor de tantas lagrimas. Ao ver o Alberto com aquella mulher, que lhe chamava seu, experimentava um pequeno ciume, uma como que irritação da sua vaidade, um obstaculo que se levantava á exigencia d'um seu capricho.

Tudo isto se misturava em meu coração como venenos e contra-venenos, e d'esta abominavel mistura, fumavam vapores d'um travor tal, que eu me sentia na cabeça latejar o cerebro, e os joelhos vergavam sob mim. Isto nada era, comparado ao que eu devia experimentar n'essa estreitissima meza, onde á claridade dos globos, nenhum conviva poderia esconder os pensamentos que lhe franzissem a fronte.

Mão potente, que a rocha endurecida escarva, Tornando-a em fragil d'onde rebentam flores; Fada occulta que tece o casulo da larva E aos insectos iria as asas de esplendores... Beijo d'onde a traição como um veneno escorre; Riso que se desfaz num amargo travor; Larga estrada sem fim que a Ventura percorre, Como um cego a cantar pelo braço da Dor!

Se a angustia me opprimia em continua tortura, Para allivio a esse mal, que ninguem consolava, Como alguem que a si proprio illudir-se procura, Precisando de ouvir a minha voz cantava! Echo do meu soffrer, de tão fundo partia, Que deixando ao passar todo o amargo travor, Essa voz, rara vez, murmurando trahia O secreto pungir da primitiva dor.

Mas o mal... Que sabes tu do mal? Nada. O mal sabe... Ter as mãos ensanguentadas e esmigalhar nas mãos!... Fugir de noite com os pés nas pedras, perseguido, sem poder respirar; encher depois o peito, com o coração a estalar, escondido n'um canto negro ou estender-se a gente no chão e sentir na bocca o travor da terra!... Não respirar e ter a noite por amiga!... A gente poder fazer chorar!

Depois, quando os vemos partir para o exilio, velhos como Napoleão III, ainda creanças como Affonso XII, assistimos pela imaginação aos mais intimos episodios da vida de familia, que para elles deve de ter ao mesmo tempo o encanto da surpresa e o travor da amargura, o que faz com que nem no exilio sejam inteiramente felizes os reis.

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