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«Quando a minha patria vir, pensava certamente o rei, que a familia real de Hespanha offerece, como todas as outras, um doce espectaculo de vida tranquilla e simples, quando reconhecer que somos todos hespanhoes, na côrte e fóra da côrte, sentir-se-ha cada vez mais identificada com a monarchia que resuscita em mim, verá na minha familia o espelho da sua, nos meus filhos uns irmãos, ao passo que eu verei nas familias de Hespanha como que uma reproducção multipla da minha, porque todos serão meus filhos

Visto n'essa situação tranquilla, a olho desarmado e sereno, o unico effeito que nos fez o vulto, apparamentado com o seu calção e meia, a sua grande casaca de seda, as suas fivelas, a sua luneta e o seu rabicho, foi o de se parecer com o dos chéchés. E é o que francamente te communicamos, na honrada sinceridade de bom homem para bom homem, ó leitor amigo.

Ia n'aquella casa, tão tranquilla, um bulicio desusado; a costureira cantava, rasgavam-se asperamente as peças de bretanha, e a mesa animava-se com o novo conviva, a rapariga que tagarellara todo o jantar, contando o que ia na villa e o muito que brincara quando fôra a Balmaes, á Senhora da Saude. Tinham andado toda a noite a dançar no jardim do sr.

Depois de um tão aguerrido desabafo, a sua alma ficou tranquilla mas fatigada. Nunca mais, dizia-me elle, nunca mais escreverei. Vivendo unicamente de recordações, parecia esperar serenamente a noite misteriosa da morte...

Mas estava agora mais tranquilla: o pobre Joãosinho havia dias jurára-lhe pela alma da mamã que d'ahi por diante não beberia senão gazosa. Emquanto ao tal João Eduardo perguntára na visinhança e ao snr. Palma do ministerio das obras publicas, que conhecia toda a gente, mas nada averiguára.

Mas em todo caso vi-o, pude apreciar por mim proprio os traços d'essa phisionomia dominadora, ao mesmo passo altiva e insinuante. Vi o Sampaio da Revolução... de guardanapo ao pescoço, tomando pacatamente o seu chá de familia, e comendo com tranquilla delicia bolos de côco.

Apenas eu quizera Que soubesses tambem como é risonha a vida, Que toda se consagra a uma entidade querida: Sorrir quando sorri, chorar quando ella chora; Respirar o subtil perfume que evapora; Enchermo-nos da luz que o seu olhar derrama; Silenciosamente, amar tudo o que ella ama; Ouvir-lhe da palavra a doce melodía Tão limpida, tão casta e pura, que enebría, Vibrando dentro em nós alguma coisa ideal, Semelhante, no brilho, ao riso divinal Da estrella que, tremente, em candidez scintilla, Quando ao longe a manhã vem a romper tranquilla.

Claudio Frollo! o desgraçado arcediago deixou tambem correr tranquilla a mocidade no retiro do estudo; depois a Esmeralda enfeitiça-o, dançando, no volteio vertiginoso das praças. São duas paixões que se combatem. Qual d'ellas triumphará? A fatalidade do impossivel? Eu não conhecia o labyrintho de ruas da cidade populosa e immensa, ía em busca d'ella sem saber para onde.

A inspiração do poeta é nobre e ousada, porque é dirigida pelo carinho tutelar da belleza e da humanidade. Elle faz da sonoridade das palavras a escolha mais rythmica, mas quando essa phonetica obedeça doutamente á minucia exigente do seu espirito raro d'estylista alexandrino, ornado, expandido nas bellas lettras. A sua Arte é toda harmoniosa d'ironia; d'essa ironia, d'essa deidade antiga forçando a intelligencia a perdoar aos homens a sua presença ruidosa e feroz, para a posse da mais gentil das coragens: sorrir! Então António Botto não faz da eterna ignorancia uma tortura, mas uma suave piedade. Dentro do mysterio Universal: do seio que sente e concebe, da semente que germina e emsombra, nada será espantoso, nada será extranho. As combinações abstractas o poeta cede as combinações sensiveis; a emoção pura, a sensibilidade consciente, a toada muzical e branda. A sua tranquilla acceitação dos dilêmas ímmutaveis pairando na vida, a sua comprehensão logica, a sua natural intuíção, animam-nos d'um prazer juvenil ao fallar do Artista e das suas Canções. Cantam ellas a tréva do saber mesquinho dos homens, a illusão d'onde nascem as angustias para a posse das venturas, a amizade nos peitos como desenhos pueris na superficie das aguas. Cantam dôces crepusculos, onde o Ideal, na solidão e na morte, é sempre perfeito porque fóge como os Sóes. São canções onde a angustia é uma elegia de condescendencias. O homem nascendo para acreditar e para servir, o seu fanatismo vibra não das verdades mais demonstradas, mas, das illusões mais bellas. Essa illusão é a Arte, essa Arte uma dôce ironia de confôrto bello. E o homem vae sempre imaginando e soffrendo. Entre Platão e Phidias, Lucrecio e Virgilio, os Medicis e Miguel-Angelo, Luiz XIV e Racine, Goethe e Beethoven, existe a mesma comunhão de luminosidade divina, onde Jesus e São Francisco d'Assis, passam amenamente, para fazer reinar no coração dos homens uma esperança sem fim e um encantamento sem verdade. Cantar a bondade ou a belleza humana, é reconsiliar a humanidade com a sua impudicia e o seu egoismo. Impudicia e egoismo, perduraveis razões de todo o sêr humano!

Mais tarde as circumstancias modificam-se, o que nos parecia prenuncio de desgraças transforma-se em tranquilla felicidade; os caracteres, que no fundo se repelliam, embora na apparencia se afagassem, adaptam-se e identificam-se em resultado da ultima convivencia; a paz domestica conquista-se, com esforços meritorios de parte a parte; o que ha pouco era mentira, torna-se uma verdade luminosa e pura.

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