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De certo deveria a minha fortuna ás generosidades do rei... Mas não és tu a maior, a grande porção da humanidade que trabalhas e que produses e que tudo vaes pagando?... Povo, das bagas do teu suor é que nascem as perolas das coroas regias. Eu comprehendo isso, comprehendo! Havia pois de enriquecer-me á vossa custa, meus irmãos?

Em vão trabalhas, se enganar-me queres, Vejo correr com animo sereno Esse pranto em que fundas teus poderes: Mal inventado ardil: ardil pequeno: Tu mesma me ensinaste, que as mulheres Misturão com as lagrimas veneno. A huma Camponeza. Não morão em palacios estucados Almas singelas, almas extremosas: Nutrem da Corte as damas enganosas Em tenros peitos corações dobrados.

Olhe; a agua não tarda a ferver; verá que dentro em pouco... continuou Ermelinda. Bem, Lindita, bem disse Augusto em paga da boa vontade, com que trabalhas, vou dar-te uma alegre nova. A mim? Diga. Trago-te visitas de alguem, que em poucos dias te dará em vez de visitas, um abraço. De quem? Ah!... Angelo escreveu-lhe? Como adivinhaste depressa! Pois de quem mais havia de ser?

Mas, que te repugna essa ociosidade, porque não trabalhas devéras? Porque não é costume. O trabalho é para o guarda-livros. Nós somos uma especie de padrinhos; damos o nome á creança e pagamos-lhes o enxoval, mas não nos encarregamos das fadigas da sua educação.

Em quê?... O Gebo ao pensar na sorte de Sofia cuidava que lhe torciam o coração. Por ella é que se batia ainda com o destino. E quasi não tinha pão para lhe dar! A mulher clamava: Mas trabalha! tu não trabalhas!... Tu o que és és um mandrião. Olha os outros como furam, como sobem... Tu és um estupido! Na vida é preciso ter-se muita finura. Quem é assim não se casa!

As aguas murmuram mais alto no silencio? não, a voz é a mesma, a calma é que isola fazendo-a parecer mais forte. Quando trabalhas á sombra da vinha ouves balar o rebanho? não, entanto, á noite, soergues-te no leito á voz lamentosa duma ovelha perdida. O coração parece pulsar com mais impeto nas horas de recolhimento.

Meu caro Basto, releva ao teu amigo de dezeseis annos o vir elle dizer dos teus infortunios em face d'uma gente que os ha de lêr por ser isto em folhetim e ageitado á guisa de romance. Quando entrei n'esta vida dolorosa das letras, achei-me comtigo. Encontrei-te n'este tormento de Sisypho e ahi te vejo ainda agora a rolar o penedo. Se ás vezes paras um instante na ladeira, é para contemplares como a estupidez e a infamia trazem avassallados os fiscaes da republica, e como elles galgam arreiados de placas e fitas, em quanto tu vaes descendo á margem do rio da morte, olhando em ti, e antevendo próximo o dia em que não terás um pão para repartir com tua familia. Ha trinta annos que esperas e trabalhas por affecto á patria e por forçada violencia de operario d'esta galé. Deves ter desmaios de angustia quando em ti reparas e não vês homem que possa dizer-te: «Soffri e lidei tanto como tu, e recebi dos governos do meu paiz a retribuição de igual desprezo». Lucta, meu amigo; e, quando mais não puderes, vinga-te morrendo como o soldado do padre Vieira, e vai saber nos segredos da divina Providencia que mal devias fazer

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