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A velha Praxedes, que desde muito tempo parecia ter apenas um resto de vida, mas um resto muito mau, a velha Praxedes tinha succumbido ao choque, e o seu desapparecimento d'este mundo não deixára saudades. As duas crianças, Natchès e Tilly, das quaes Adalberto tinha narrado as tristes aventuras, tinham sido recolhidas provisoriamente pelos bons moradores da casa branca.

Era preciso passar depressa o Rheno. Cahiu sobre a desgraçada e espancou-a. Gella, pallida e quasi desfallecida, ficou estendida entre Adalberto e a pequena Tilly; mas a velha chamou esta bruscamente e ella apressou-se a obedecer.

Chegou a hora do jantar, comeram como se fossem quinze, apezar de serem sete; depois, Adalberto e Tilly brincaram com o bom Natchès, que longe de soffrer com a sua inferioridade, lhes dizia com um ar de perfeito contentamento: Quando eu era palhaço não me julgava infeliz, mas agora vejo que o era muito! Ha uma coisa de que eu tenho saudades, é de fazer habilidades nas feiras.

Respeitava-o até um certo ponto, porque era obrigada a temel-o. Mas havia n'esta mesquinha habitação dois entes, que ella não temia, porque não tinham defesa, e era sobre elles que recahia ordinariamente o seu mau humor. A pobre Tilly era tão pallida e tão fraca, que não ousavam bater-lhe com medo que ella adoecesse e que fosse preciso tratal-a.

O pobre pequeno, estendia os braços para a sua victima, recebia algumas vezes sôcos e pontapés, que eram destinados para ella, e ninguem se mexia na casa do saltimbanco, a não ser a pobre Tilly que, apenas coberta com a sua camisinha, acudiu chorando, de mãos postas, como um anjo de Deus por elle mandado para defender uma alma contra o demonio.

Tilly era realmente uma criança roubada, e roubada desde muito nova, n'um passeio publico. Não tinham nenhum conhecimento da sua familia, estava perdida para sempre, e este sempre não podia durar muito. O peito delicado d'esta amavel criancinha tinha sido desprezado. Os medicos consultados tinham dito: «Sem esperança

Então a pallida e adoentada Tilly deitou-se sobre a pobre criança a quem chamava irmão, por causa da sua desgraça commum. Perdão, perdão! gritou ella, oh! não lhe faça mal. Mas a velha, como se não ouvisse esta supplica afflictiva, batia á vontade para vingar a sua gamella. E Gella?

Tilly vendo que a sua tristeza augmentava julgou que elle não tinha comido bastante e apresentou-lhe delicadamente o seu prato, dizendo-lhe familiarmente: Se tu quizesses acabar a minha sopa? eu quando não como bastante não me faz mal. O que! disse Adalberto com um gesto de reconhecimento, quando se não come bastante soffre-se. Oh! eu soffro sempre. De que? De tudo.

Tossindo quasi sempre, a delicadeza do seu peito teria despertado a sollicitude d'uma mãe; mas Tilly não chegava a saber o que era uma mãe. Se se preparava um espectaculo e a pobre criança estava com mau parecer ralhavam-lhe. Por isso tinha ella todo o cuidado em esconder os progressos do que ella chamava o seu defluxo.

Adalberto comprehendeu a bondade d'esta acção, e olhou amigavelmente para Tilly que não ousava dar palavra nem mexer-se. Mas Gella em tres passos chegou-se a seu mau irmão, arrancou-lhe bruscamente das mãos o espelho e foi pôl-o no seu logar.

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