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Visinha, dê-me os seus saes. Era uma vez um bom rei Em Thule essa ilha distante, Ao morrer, deixou-lhe a amante Um copo de ouro de lei. Era um copo de oiro fino Todo lavrado a primor; Se fosse o calix divino Não lhe tinha mais amor. Seus tristes olhos leaes Não tinham outra alegria: E por elle bebia, Nos seus banquetes reaes.

Perdão se vos insulto! oh, não, vós sois do empyreo, D'aquelle meigo azul, Que a todos tem sorrido: a Christo no martyrio, Na dôr, ao rei de Thule; E quando vos apraz, nas azas transparentes, Mais alto ides por certo, Do que as deusas gentis, aerias, insolentes, Que vemos voar tão perto!

A Aranha Nova ballada do rei de Thule Phantasias d'um aborrecido El Desdichado A Valentina de Lucena Phantasias A Biographia de Satan Agua furtada d'um Original Bilhete d'um estudante A lady Dedicatoria d'um livro Humorismo mystico O Cannibal Romantismo Aventuras O inconveniente de matar a mulher Um Blasé O Velho

Ó idolo que imploro!... Tu és o Violino e eu sou a aranha escura!... N'um paiz nada visinho... Em Thule até mui distante, Houve outr'ora um rei farçante, Um rei amigo de vinho. Quando sua amante fiel Mimosa e cheia de graça, Morreu, deixou-lhe uma taça Que semelhava um tonel. Era tamanha a grandeza Da taça que nada iguala! Ficava sempre ao esgotal-a, El-rei debaixo da mesa.

Mas, fronteiro á janella, um tabique delgado, revestido de papel de ramagens azues, dividia-o d'outro quarto, onde nós sentiamos uma voz fresca cantarolar a Ballada do rei de Thule: e ahi, exhalando conforto e civilisação, brilhava um guarda-roupa de mogno, que eu abri, como se abre um relicario, para encerrar o meu embrulhinho bemdito.

Corri ao quarto, a ornar-me com o meu chapéo alto, como promettera á titi; e penetrava no corredor quando vi Cybele abrir a porta, junto da nossa porta, e sahir envolta n'uma capa cinzenta, com uma gorra onde alvejavam duas pennas de gaivota. O coração bateu-me no delirio de uma grande esperança. Assim, era ella que cantarolava a Ballada do rei de Thule!

Na terra não; que ha muito a Materia nos nutre, E nem no Ceu talvez; no entanto o negro abutre Tem saudades de vós nas cristas dos calvarios! A Luciano Cordeiro O que é isto? Nos tempos medivaes dos campeões andantes, E das balladas como a do bom rei de Thule, Andava D. Quichote em busca de gigantes, Magro, tristonho, ideal, crente Fausto do Sul.

De repente Rytmel deu um pequeno grito: descuido, movimento, ou irreprimivel impulso d'um coração que se revela, Rytmel deixara cahir a pequena chavena ao tanque, entre as folhas dos nenufares. A condessa ergueu-se, extremamente pallida, apertando com ambas as mãos o coração: e com os olhos marejados de lagrimas, disse para Rytmel: O rei de Thule ao menos esperou que ella morresse!

O silencio, o infinito da luz, a attitude contemplativa das cousas, o murmuroso chorar da agua nas bacias de marmore, tudo nos tinha insensivelmente lançado n'um estado de suave e vago romantismo... De repente a condessa elevou a voz e cantou. Era a ballada do Rei de Thule. Alguem tinha traduzido aquella ballada em rimas populares.

E era assim que a condessa gostava de a dizer, em logar d'usar as palavras italianas com a sua banalidade de libretto. Houve outr'ora um rei de Thule A quem, em doce legado, Deixou a amante ao morrer Um copo d'ouro lavrado. Eu ficara junto do piano, fumando.

Palavra Do Dia

stuart

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