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E eu, eu sei que a beldade, iman d'est'alma ardente, a mim deve o ser; nasceu de minha mão; não me ouve, não me , não se condoe, não sente; não lhe pude formar dentro um coração. ¡Ó Venus! se ha mulher que eu possa crer retrato do immenso que sonhei compondo a Galatéa, revela-me onde habita a amavel Semidéa; assim teu filho Amor jamais te offenda ingrato.

Tive de retroceder, e sei que tenho tarefa até á meia noite. Não esperes por mim. Janta. Se eu podér desembaraçar-me, irei; mas não poderei, porque ha reunião de deputados no ministerio dos negocios estrangeiros. Adeus, querida. Teu V.» D'esta carta, assim placida e amoravel, transluziu-se no animo alvoroçado de Julia receio e desconfiança. Deu-se pressa em escrever com febril agitação.

E ſe de grandes Reinos poderoſos, O teu Rei tem a regia majestade, Que preſentes me trazes valeroſos, Sinais de tua incognita verdade: Com peças & dões altos ſumptuoſos Se lia dos Reis altos a amizade: Que ſinal nem penhor não he baſtante, A palauras dum vago nauegante.

Com a voz muito quente, repassada de amor, sensual, o olhar húmido, como revestindo Maria com um manto de beijos, as mãos gesticulando em curvas graciosas, languidas: Mas desde que no teu o meu olhar depuz, Enxerguei o brilhar d'uma divina luz Na immensa escuridão d'este viver amargo E senti-me surgir do fundo do lethargo.

O teu coração, aos desoito annos, abafava em si as amarguras da soledade, retrahia-se em devorantes desejos do amor de familia, a paixão santa, unica e profunda que eu te conheci. Quem imaginou que tu choraste amarissimas lagrimas n'aquella tua casa triste que demora solitaria entre duas serras?

O qual bruto se confessou, a vêr se a gente se persuade que existe uma alma n'aquellas cavernas de sebo! Parte o correio. Teu do intimo L. Pires.» «P. S. O linheiro das Hortas ainda não appareceu com a corda

De que?... diga, mãe, eu que devia ter dito a meu tio? Tudo o que sentes hoje, assim como lhe dizias tudo o que se passava em tua alma. E eu sei!... Sei eu, Maria. Olha, filha.. O amor de tua mãe, de teu pae, de teu bom tio, de teus queridos irmãos é um amor immenso; é, eu e tu sabemos que é; mas... olha... ha no teu coração espaço para mais amor... Córas, Maria?

D. Luiz, fazendo um gesto de despeito, respondeu com vehemencia: Pois bem, queres ser mulher de Clemente, não é assim? queres ir sacrificar os teus merecimentos a esse homem? queres dedicar-lhe todo o teu futuro, consagrar todos os teus pensamentos, todas as tuas aptidões aos arranjos da casa da Anna do Védor? Pois bem, faze a tua vontade. Mas escusas de vir pedir o meu consentimento.

Que o Taveira me fazia a côrte? Isso... como adivinhas tu, feiticeira? perguntou D. Anna maravilhada. Como adivinho eu!... Isto não é feitiçaria, é raciocinio. Elle que diz que eu não posso amar, é porque sabe que os meus pretendentes indefiridos são muitos. Ora, sendo Taveira o unico sugeito com quem fallo na presença de teu marido, este ha de ser por força o meu namorador rejeitado...

O teu rosto moreninho, Eu achei-o mais formoso, Mas, sem lagrimas, enxuto; E o teu corpo delgado, O teu corpo gracioso, Estava todo coberto de lucto. Depois, anciosamente, Procurei a tua boca, A tua boca sadía; Beijámo-nos doidamente... Era dia! E os nossos corpos unidos, Como corpos sem sentidos, No chão rolaram... e assim ficaram!...

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