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O juri attendeu principalmente a este facto, que não póde deixar de inspirar a mais profunda piedade a todos os corações ternos: aquelle a quem por um momento pedimos venia para chamar reu, se assim nos é licito exprimir-nos, amava aquella a quem tirou o olho. O movel do crime, digo o movel da pilheria, de que o innocente é accusado, foi o amor que lhe inundava o peito.

E pois que eu não posso amar-te, Seguirás melhor esteira, Se de meus ternos suspiros Quizeres ser mensageira; Em vendo que ella está , Vai-lhe expôr a paixão minha; Eu peço a Amor, que entretanto Tóme conta na cozinha; Amor lavará teus pratos, E escumará a panella, Em quanto tu a seus pés Dizes, que eu morro por ella;

Perdei huma vez o horror A ouvir ternos gemidos; Nunca ferírão ouvidos Brandas palavras de Amor. Que hora, e que sitio melhor, Do que este em que estamos sós? Que culpa, que crime atroz Temeis que ante vós farão As queixas de hum coração, Os suspiros de huma vozMeu coração vos adora; Sem saber o conquistais: Estas ancias, estes ais São obra vossa, ó Senhora.

Eu vos prometto, eu vos juro De nunca mais vos deixar, E que os meus ternos desvelos em vós hei de empregar. Embora prepare o mundo Para me prender novos laços, A todos, Senhor, a todos Quero fazer em padaços. Ah! Senhor, que vós vos dignastes de visitardes hoje a pobre casa de minha alma, eu vola offereço com toda a minha liberdade, e vontade.

E é então o senhor, que, sem nobreza D'aquilo onde se , estuda e reza A melhor oração da nossa vida, Vem hoje, perante esta alma esquecida, Interrogar na mais dura exigencia Quaes as razões porque tenra existencia Se acalenta no leito de innocentes, Com meus affagos ternos e dolentes!

Á humilde e escondida estancia Da venturosa Belem Cheguei; vi um Deus na infancia Nos ternos braços da mãe. Minha colheita de dôres N'aquelle berço depuz, Da humanidade aos rigores Pedi remedio a Jesus. No olhar do divino infante Raiou a luz e fulgor, Foi a aurora radiante Que annuncia um redemptor.

Um marido não é um amante, minha querida! Para mim é. E estendeu a mão ao visconde, que lh'a beijou com prazer. Antonino gracejou com a irmã, que conservou o seu habitual aspecto ironico e altivo. Aquellas picadas d'alfinete não tinham importancia, mas faziam soffrer Laura, que, como todos os espiritos ternos, resentia-se da falta de sympathia que a cunhada constantemente lhe testemunhava.

Felizmente para elle, o dono da casa foi atacado d'um estalecidio que lhe cahiu nos bofes, segundo a opinião do boticario, e a cura demorada d'esta séria enfermidade proporcionou aos ternos amantes occasiões ditosas de se trocarem palavrinhas de pôrem o coração em maré-cheia de poesia chula. O dialogo, que mais concorreu para a solução final, foi incontestavelmente o seguinte: Elle. Ella. Elle.

Se vence o Deus dos Amores, Vós as armas lhe emprestais. Que ternos saudosos ais, Que pranto em vão derramado, Me não tendes vós custado, Olhos para mim fataes! Se o rosto ao Ceo levantado Alçais as pestanas pretas, Logo de brilhantes setas Vejo todo o ar cruzado.

Ella deixou-se inclinar para o seio d'elle, como desmaiada em ebriedade de ternos deliquios. Toda esmorecida e alquebrada, os proprios olhos, sempre fogo, pareciam apagar-se, para que a morbidez das palpebras, pendendo amortecidas, dissessem ao sequioso amante que aquelles olhos se fechavam para não verem o passado, e deixavam ao coração, estreme de remorsos, o goso das delicias do momento.