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Vi-a saltar do poleiro, esvoaçar, bater asas de fúria nos arames, e recaír depois na mesma pose, a arquejar, asmática de raiva. Ficou assim sem fala ainda algum tempo. Apeteceu-me fugir. Tive vergonha. A voz dela por fim veio em arestas, ferindo o meu orgulho ulcerado: A Beleza moral!... O Sentimento! Que fizeram com isso?... Que fizeram? A Harmonia social, êsse concerto que é de rasgar os olhos e os ouvidos. A fome, a revolta, o desespêro... A raiva de saber, de analisar, de fechar em teorias toda a Vida... A Dúvida, a loucura metafísica, e o culto da dor, êsse onanismo!... A impotência em tudo, a impotência... E por paródia

Não basta para explicar as anomalias da visão das côres invocar por exemplo uma das duas teorias clássicas da visão cromática: a de Yung-helmholtz ou a de Hering. Não basta explicar, como se faz na primeira destas teorias, explicar, por exemplo, a cegueira para o vermelho, pela ausência, na estrutura da retina, de uns elementos que são mais particularmente sensíveis ao vermelho e nos dão esta sensação, e dizer que, faltando êles, a luz vermelha impressiona os elementos principalmente sensíveis

Vieram para a imprensa as discussões dêsses dois ilustres antagonistas, aplicando as suas teorias ao regimen económico, e não foram sem influência nas vicissitudes políticas e na administração pública dessa época e nas que até nossos dias se lhes teem seguido.

quando a nação atingir esse período encontrará a sua hora de salvação e nova grandeza. Não se seduzam pelas velhas teorias da Liberdade, Igualdade e Fraternidade que seduziram os nossos pais e com que nos embalaram na infância. Estudem, pensem e reflictam, não se deixando levar por quimeras risonhas de outros tempos.

Ferido na guerra o socialismo, gravemente ferido pelas suspeições que o desprestigiam empanando-lhe o resplendor de mensageiro humanitário, amesquinhado pela insuficiência da aspiração que o alenta e acusado de intimidades manifestas com o despotismo, de que se revelou amigo e instrumento dócil, havendo «quebrado a espinha dorsal», nos termos em que exprime o seu desastre um publicista cujo diagnóstico tem corrido na imprensa e sendo o socialismo a mais scientífica das concepções de governo e a mais engenhosa arte de governar os homens e os trazer contentes, com êle caem por terra e se desfazem volumosas bibliotecas de estudos e teorias, qual delas a mais subtil, complexa e eficaz para dar a abastança, a felicidade e a posse de todos os bens do corpo e da alma.

Não vivem por viver: tem deveres a cumprir, obrigações... E tudo isto em códigos, sistemas, em religiões, teorias, em morais!... P'r'ós que tentem ser homens a valer, prisões, leis, ha tôda a Ordem! Existem na terra muitos séculos, e ainda não começaram a viver... ou, se viveram, foi na Pre-História ou na Pre-Lenda! Que macacos absurdos! Que macacos!

O que não disseram da Revolução Francesa o imperialismo restaurado pelo prussianismo triunfante de 1870, pelo realismo literário inflamado pelo baixo materialismo que desnaturou e atraiçoou as teorias evolucionistas, e pelo positivismo, solicito demolidor de altares e de teologias, todo zeloso das coisas práticas do mundo?!... Liberdade, Igualdade e Fraternidade, idealismos e realismos, tudo eram utopias, doenças, fraquezas a que urgia acudir com a proscrição do sentimentalismo, levando de tropel toda a nobreza, e com a glorificação da cobiça e sensualidade, desdenhando de toda a obrigação de generosidade e pureza.

Mas, quando o seu scepticismo era mais devastador, o exemplo da união feliz de Júlia e de Nuno surgia-lhe como a imagem tangível dêsse amor de que duvidava. Então, para explicar a contradição que lhe exacerbava o sofrimento, construía teorias originais.