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D'aqui a absorpção dos fluidos que andavam espalhados no ambiente da patria. Não será difficil estudar-se na nossa litteratura o temperamento predominante dos portuguezes. Dous livros nos caracterisam perfeitamente, Os Lusiadas e a Menina e moça. Fomos sempre o povo das saudades e da vida concentrada do mar, que o mesmo é dizer tambem da saudade.

N'este ponto de vista, a litteratura d'um povo, considerada como um todo symetrico, uma obra gigantesca e collectiva, apresenta-se como a expressão do seu espirito nacional, determinado não por tal ou tal elemento primitivo e, por assim dizer, physiologico, mas pelos elementos complexos, uns fataes outros livres, uns criados outros herdados, cuja synthese constitue a idéa da sua nacionalidade raça, instituições, religião, tradição historica, e vocação politica e economica no meio dos outros povos. A idéa nacional, na sua evolução, determina gradualmente o que se póde chamar o temperamento da nação; e, se esta surda fermentação se manifesta em tudo, nos seus actos e nos seus pensamentos, revela-se sobretudo na sua imaginação, isto é, no seu ideal, cuja expressão mais livre é a arte e a litteratura. N'esta invisivel circulação da seiva interior ha periodos, periodos de revolução, de progresso, de retrocesso, de incubação ou de plenitude de forças: a estes correspondem invariavelmente os periodos artisticos e litterarios, com suas revoluções, suas variações de intensidade, lenta formação de escólas, morbidos estacionamentos, subitas e inflammadas florescencias. E, como n'esta vegetação collectiva, cada ramo, cada folha, cada fructo, se alimenta com a seiva commum e tem uma vitalidade proporcional á força que trabalha o grande tronco, o espirito individual acompanha o espirito nacional nas suas evoluções, gradua pela d'elle a sua intensidade: a sua liberdade interior tem por limites, realisando-se, as condições do meio em que se desenvolve, e o genio do artista, do poeta, ainda quando protesta e se revolta, é sempre adequado ao genio do seu povo e da sua época.

Quasi todos os officiaes que estavam a bordo conheciam o principe, estimavam o seu caracter, o seu temperamento eminentemente byroneano. Resolveram, com accedencia do commandante, celebrar a data e valsar á noite, na tolda, á luz d'um punch collossal. O jantar foi ruidoso; o Champagne resplandeceu como opala liquida nas taças facetadas; a pesada pale ale espumou; o Xerez ferveu na soda water.

Por muito que elle lhe queira, por muito que transija com os despoticos impetos do seu temperamento e do seu coração de mulher galante, bem , Leonor, que seria crear-lhe uma situação que nenhum homem, nem mesmo o commendador Garcia, poderia acceitar... O rompimento, portanto, com este seria inevitavel, e d'ahi um accrescimo de desgraça e mais um motivo de prazer para todos aquelles a quem o seu desdem tem magoado.

As tendencias reaccionarias e impetuoso caracter do Infante haviam-no prejudicado na estima da Inglaterra, que antes desejava ver sentado no throno de Portugal o Imperador, temperamento igualmente impetuoso, mas mais polido e com certa educação politica adquirida, de natureza constitucional.

Lopes de Mendonça era realmente uma organisação de artista que participava da vivacidade cerebral do temperamento nervoso e da animação caracteristica do temperamento sanguineo.

José d'Albuquerque completamente convertêra em desenganos as esperanças dos paes. Por um capricho de hereditariedade, carecia absolutamente das qualidades que caracterisavam o temperamento dos paes, a vivacidade, o amor do luxo e dos prazeres. Era um philosopho, diziam.

Emilio Deschanel, não menos espirituoso humorista que o doutor Moreau, procura demonstrar que o estylo revela o temperamento do escriptor.

Elle, que foi o successor de Lopes de Mendonça, deve inquestionavelmente ao seu temperamento o ter arrostado ha longos annos com a improba canceira do folhetim sem desanimar, sem ficar vencido.

Minguado de recursos, ameaçado de completa surdez, agitado pelas nevroses continuas do seu temperamento, escondendo talvez no peito uma dôr mais que todas dilacerante, porque Leonor de Breuning havia desposado Wegeler, o amigo do maestro, a quem primeiro fizera a confidencia das suas apprehensões, viu-se Beethoven compellido a aceitar o lugar de mestre de capella do rei de Westphalia, Jeronymo Napoleão.

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