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Então Anahangá-pitã, cansado pegou num cochilo pesado, esperando o cardume da desgraças novas, que deviam pegar p’ra sempre... não tomou tenência que a teiniaguá era mulher... Aqui está tudo o que eu sei, que a minha avó charrúa8 contava

Ainda uma vez a velha carquincha transformou-se na teiniaguá... e a teiniaguá na princesa moura... a moura numa tapuia formosa;... e logo o vulto de face branca e tristonha tornou

Si quiseres, tu, todas as riquezas que eu sei, entrarei de novo na guampa e irás andando e me levarás onde eu te encaminhar, e serás senhor do muito, do mais, do tudo!... A teiniaguá que sabe dos tesouros, sou eu, mas sou também a princesa moura... Sou jovem... sou formosa..., o meu corpo é rijo e não tocado!... E estava escrito que tu serias o meu par.

Sem peso de dores nos ossos e nas carnes, sem peso de ferros no corpo, sem peso de remorsos na alma passei o rio para lado do Nascente. A teiniaguá fechou os tesouros da outra banda e juntos fizemos então caminho para o Serro do Jarau, que ficou sendo o paiol das riquezas de todas as salamancas dos outros lugares.

Ali perto, entre os capins, vi uma guampa e foi o quanto agarrei dela e enchi-a na lagoa, ainda escaldando, e frenteei a teiniaguá que, da vereda que levava, entreparou-se, tremente, firmando nas patinhas da frente, a cabeça cristalina, como curiosa, faiscando...

Levantou-se um ventarrão de tormenta e Anhangá-pitã, trazendo num bocó a teiniaguá, montou nele, de salto, e veio correndo sobre a correnteza do Uruguai, por léguas e léguas, até as suas nascentes, entre serranias macotas.

Não ninguém dentro... mas bem que se escuta voz de gente, vozes que falam... falam, mas não se entende o que dizem, porque são línguas atroadas que falam, são os escravos da princesa moura, os espíritos da teiniaguá... Não ninguém... não se ninguém: mas mãos que batem. como convidando, no ombro do que entra firme, e que empurram, como ainda ameaçando, o que recua com medo...

de cabeça de pedra luzente, por sem dúvida; dela tinha ouvido ao padre superior a historia contada dum encontradiço que quase cegou de teimar em agarrá-la. Entrecerrei os olhos, coando a vista, cautelando perigo; mas a teiniaguá veio me chegando, deixando no chão um duro rastro d’água que escorria e logo secava, do seu corpinho verde de lagartixa engraçada e buliçosa...

Pelo falar do padre superior eu bem sabia que quem prendesse a teiniaguá ficava sendo o homem mais rico do mundo; mais rico que o Papa de Roma, e o imperador Carlos Magno e o rei da Trebizonda e os Cavaleiros da Tábola... Nos livros que eu lia estes todos eram os mais ricos que conhecia. E eu, agora!...

Está escrito que a salvação de vir assim: e por bem de mim, quando cessar o meu cessará também o encantamento da teiniaguá: quando isso se der a salamanca desaparecerá, e todas as riquezas, todas as pedras finas, todas as peças cunhadas, todos os sortilégios, todos os filtros para amar por força... para matar... para vencer... tudo, tudo, tudo se virará em fumaça que de sair pelo cabeço roto do serro, espalhada na rosa dos ventos pela rosa dos tesouros...

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