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Onde se encontra a ventura, Esta encantada visão, Que tantas vezes procura, Mas debalde, o coração? Nas pompas da formosura? Nos esplendores da gloria? No poder de conquistar A mais difficil victoria Com o mais timido olhar? Oh! como então és feliz, Porque tudo te revela, Que não ha face mais bella, Nem existencia tecida De mais florído matiz!
O braço era armado com uma lança comprida, com uma ponta de bronze e um gancho ao lado, servindo para ferir e prender aquelle que topasse na frente. Apenas lhes defendia o corpo uma couraça de linho crú fortemente tecido, ou treu, sobre a qual assentava uma cóta de malha tecida de arame, que nenhum dardo poderia atravessar.
N'estas planicies em que não se avista uma montanha, sem uma unica nódoa intensa e viva na verdura desmaiada a prender-se ao céo nublado, o salgueiro, sem destruir a harmonia, dá á paizagem o brilho que comporta com a sua folhagem alva, replandecente e leve como a nuvem. A paizagem do occidente é tecida de ouro candente; esta é de prata polida e fria.
Da eſpeſſa nuuem ſêtas & pedradas Chouem ſobre nos outros ſem medida, E não forão ao vento em vão deitadas Que esta perna trouxe eu dali ferida: Mas nos como peſſoas magoadas A repoſta lhe demos tão tecida, Que em mais que nos barretes ſe ſoſpeita Que a cor vermelha leuão deſta feita.
93 Viam-se em derredor ferver as praias Da gente, que a ver só concorre leda; Luzem da fina púrpura as cabaias, Lustram os panos da tecida seda; Em lugar das guerreiras azagaias E do arco, que os cornos arremeda Da Lua, trazem ramos de palmeira, Dos que vencem, coroa verdadeira.
Vião ſe em derredor feruer as prayas Da gente, que a ver ſo concorre leda, Luzem da fina purpura as cabaias, Lustrão os panos da tecida ſeda: Em lugar de guerreiras a zagaias E do arco, que os cornos arremeda Da Lũa, trazem ramos de Palmeira, Dos que vencem coroa verdadeira.
A tela da mortalha, fiada e tecida com as ortigas do tumulo, estava nas mãos do cavalleiro, e suas palavras, ironicas como punhaes, atravessavam o peito da infeliz. Estranho ao remorso, o neto dos senhores de Biscaia cevava na formosura captiva o furor dos zelos. Porque choras, Silvana? Dera hontem o melhor arnez e o melhor cavallo por um sorrir de teus olhos. Pedi-te amor e respondeste não.
94 Um batel grande e largo, que toldado Vinha de sedas de diversas cores, Traz o Rei de Melinde, acompanhado De nobres e seu Reino e de senhores: Vem de ricos vestidos adornado, Segundo seus costumes e primores; Na cabeça uma fota guarnecida De ouro, e de seda e de algodão tecida.
A sua aljarabia ou tunica era de lan grosseiramente tecida, o cincto uma corda de esparto. Divisava-se-lhe, porém, no despejo do andar e na firmeza dos movimentos que nenhum espanto produzia nelle aquella magnificencia. Não era velho; e todavia a sua tez tostada pelas injurias do tempo estava sulcada de rugas, e uma orla vermelha circulava-lhe os olhos, negros, encovados e reluzentes.
Martha tinha uma vida irregular, tecida em mentiras, misterios, certos hiatos de treva, na sua vida, até para os mais intimos. Nunca um só amante, nunca num trimestre inteiro o seu leito conheceu o mesmo corpo, antes variavam, mudavam, com sinceros beguins, ás vezes o seu coração e o seu corpo pareciam uma estalagem de entroncamento, como um vertiginoso vae-vem de passageiros.
Palavra Do Dia