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Mas era hi o conde d'Odemira, e o commendador mór de Christus com outros, que com palavras prudentes e de bom esforço o detiveram, dizendo-lhe que aquella gente por boa e nobre que fosse, em caso que Portugal a perdesse, bem poderia cobrar outra tal e melhor; mas não a elle que era tal e tamanho Principe, que o reino teria d'elle para sempre muita mingua e grande necessidade, e que não desse causa que Tangere fosse tantas vezes sepultura de Infantes de Portugal, e com estas e outras razões de conforto a estas conformes a que o Infante obedeceu, vendo o feito sem algum remedio, se tornou para Alcacere.

El-rei em provendo as cousas da villa que cumpriam, com fundamento de se volver para o reino, foi por dois mouros a gram pressa certificado que os moradores da cidade de Tangere esquecidos da grande fortaleza d'ella e de si mesmos, principalmente temendo que a mortindade e estrago de Arzilla, de que por uma velha segundo se disse, foram avisados, não viesse tambem sobre elles, a tinham desamparada de todo.

Era, com effeito, Ali-Abu-Hassan, rei de Tangere, que estava com seu exercito sobre Mertola, e que viera com mil cavalleiros em soccorro de Almoleimar. Cansados do largo combater, reduzidos a menos de metade em numero, e cubertos de feridas, os cavalleiros de Christo invocaram o seu nome, e fizeram o signal da cruz.

De como foi o primeiro cometimento do escalamento de Tangere

E certamente com a restituição da ossada d'este bemaventurado Infante, por justas causas e mui claras razões recebeu todo o reino prazer e alegria sem conto, e El-Rei dos seus naturaes e estranhos não menos honra, gloria e louvor que das prosperas expunações de Arzila e Tangere. Do fundamento que El-Rei D. Affonso teve para entrar em Castella por morte d' El-Rei D. Anrique

Era D. Duarte de muitas partes avisado como El-Rei de Fez se aparelhava grandemente para no começo do mez de Julho vir sobre a villa, e sendo logo sobr'isso certificado que era em Tangere, começou de concertar e perceber suas cousas como para taes hospedes convinha.

Depois de sua morte ficou seu irmão Muley Buquer portector do filho maior do dito Çalabençala, o qual seu filho tambem por dependencia do mesmo caso do cerco de Tangere era captivo, e fôra dado por arrefens em Portugal.

E a este parecer se inclinou mais El-Rei, que com as palavras e razões que bem cabiam, formou para o dito Rei de Fez um desafio, que lhe enviou por Martim de Tavora, e Lopo d'Almeida, que embarcados em um navio aparelhado d'armas, e Reis d'armas e trombetas, e de suas pessoas em grã cumprimento foram sobre Tangere.

E depois d'El-Rei declarar sua tenção de tornar a Tangere, por cuja fim alli viera, se partio para Alcacere d'onde enviou logo doze navios de remo com gente escolhida para irem escalar a cidade, cujo capitão foi Luiz Mendes de Vasconcellos, homem fidalgo, e nas cousas do mar bem entendido, com fundamento de El-Rei com seu poder os socorrer á hora do escalamento por terra, e porém o conde D. Duarte contradisse muito o cometimento por mar, pelas incertidões e perigos que tem, mas não foi crido, e Luiz Mendes todavia partio bem avisado do que á sahida do mar e á entrada da cidade havia de fazer.

E este acceitou El-Rei por meio mais de sua inclinação e contentamento, e no conselho que logo sobr'isso teve foi acordado que fosse á cidade de Tangere, sobre que acordou de levar vinte cinco mil homens de combate, afóra a outra gente do mar e serviço, para que fez seus percebimentos, e ordenava passar logo n'este anno de mil e quatrocentos e cincoenta e sete.

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