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Três dias havia que não sabia dela, buscando insensivelmente furtar-se e fechar impunemente o ciclo de mais esta fugaz aventura com o sêlo cómodo do olvido. Por que era uma maçada, no fim de contas, a peganhice infantil dessa seresma!

Consternada e muda como uma estatua, a Niobe grega, o teu silencio incute uma sublimidade prophetica; parece guardar a impressão do sêlo mais tremendo do Apocalypse, a missão da mulher forte. Quem sabe se é o amor que a transporta assim para as solidões, como a pomba que vae esconder-se na rocha alcantilada?

E qne ho dicto D. Affonso de Lacerda, entregasse ha ElRei D. Fernando certos Castellos, que tinha de Castella, e que leixasse pêra sempre ho titulo, e selo, que tinha de Rei de Castella, com outras muitas seguranças de juramentos, e de Castellos, que ElRei D. Fernando poz em arefens atee trinta annos.

Tomadas estas precauções, arredou o leito, ajoelhou no sobrado, no mesmo lugar que ocupara a cama, levantou uma tábua, deixando a descoberto uma profunda escavação, meteu por ela o braço e exumou um volumoso rolo de papeis. Aqueles papeis amarelentos, ensebados, velhos e cheios de nódoas, tinham o selo do banco de França. Eram notas de mil francos.

72 Era no tempo alegre, quando entrava No roubador de Europa a luz Febeia, Quando um e outro corno lhe aquentava, E Flora derramava o de Amalteia: A memória do dia renovava O pressuroso Sol, que o Céu rodeia, Em que Aquele, a quem tudo está sujeito, O selo pôs a quanto tinha feito;

André. Eu!... Sim? sem a menor dúvida! Nuavias é apenas o anagrama de Sauvain. Porém, esta casa... Ah! tem razão... Esta casa... Ora queira procurar novamente na caixa, senhora noiva... Na caixa havia ainda outros papeis; mas esses eram espessos, pesados, com selo, cobertos de maçuda escrita, e rubricados por dois tabeliães.

Deste requerimento prouve muito a El-Rei Dom Affonso, que por Reaes condições que muitos lhe entrepetraram a vaidades, e desordenada cobiça de gloria foi o mais nobre Rei de Castella, e querendo em todo satisfazer á Rainha sua filha, lhe mandou logo passar sua Carta patente, e selada de seu selo de chumbo, por a qual fez solenne, e firme doação ao dito Rei Dom Affonso Conde de Bolonha, seu genro, e ao Ifante D. Diniz seu filho, e a todolos filhos, e filhas que delles decendessem para sempre do Reino do Algarve com seu inteiro Senhorio, e com todolos Lugares delles ganhados, e por ganhar, com tal condição que o sobredito Rei de Portugal, e seus filhos, fossem obrigados a dar de ajuda ao dito Rei Dom Affonso de Castella em sua vida sómente cincoenta Cavalleiros, quando lhos requeressem, contra todolos Reis Despanha, e além desta doação El-Rei de Castella mandou fazer outras Cartas para o Mestre Dom Payo Correa, e para outros grandes Cavalleiros, que com elle andavam no Algarve, porque lhe notificou esta doação, que tinha feita, e lhes mandou que a comprissem, e porque El-Rei Dom Affonso folgava com a vista, e conversação da Rainha sua filha pola grande afeição que a ella tinha não lhe deu lugar que logo se tornasse a Portugal como ella quizera, pelo qual elle mandou as sobreditas Provisões a El-Rei Dom Affonso seu marido, que como as recebeo alegre com tamanha, e tão honrada, e tão dezejada doação, notificou tudo ao Mestre Dom Payo Correa, a que desso prouve muito, porque tinham antre si muito conhecimento, e grande amizade.

E aho pubricar da dicta sentença eraõ prezentes ho dicto Rei D. James Daragam por si, e por ElRei D. Fernando como seus Procuradores soficientes eraõ prezentes Fernaõ Gomes seu Chançarel, e Notairo moor do Regno de Toledo, e Diogo Garcia, seu Chançarel moor do Selo da puridade, e Mordomo da Rainha Dona Costança, sua molher, hos quaaes todos consentiram na dicta sentença, ha cuja pubricaçaõ eram em pessoas prezentes, Grandes Senhores do Regno de Portugal, e de Castella, e Daragam, e na dicta sentença saõ particularmente nomeados.

A rainha... como era ousada e muito faladora: Fernão Lopes, Chr. de D. Fern. cap. 126. Ibid. Cap. 72. O selo de puridade ou do camafeu era aquelle que se estampava no proprio pergaminho, e que servia ordinariamente para o rei expedir documentos de menos importancia, na falta do chanceller-mór, que tinha o sêllo grande, curial, ou do cavallo. Veja-se a Dissertação de J. P. Ribeiro.

E porque a este tempo o Ifante D. Diniz herdeiro filho del-Rei de Portugal, posto que fosse moço era em idade para poder caminhar, El-Rei, e a Rainha seus padres acordaram de o enviar, como enviaram muito honradamente a Castella a visitar El-Rei Dom Affonso seu avô, para lhe ter em mercê a doação, e avenças passadas, e assi para lhe pedir relevamento das mais obrigações, e serviço dos cincoenta Cavalleiros, e assi com mui nobre companhia chegou a Sevilha onde achou El-Rei, que o recebeo, e agazalhou com muitas festas, e honras, e com sinaes de grande amor, a quem o Ifante Dom Diniz passados os comprimentos, e visitações, e bem ensinado da instrução, que levava pedio por mercê a El-Rei seu avô, que daquella obrigação dos cincoenta Cavalleiros, e assi de qualquer outra que tocasse ao Algarve, quizesse para sempre relevar a El-Rei Dom Affonso seu padre, e a elle, e aos que delle decendessem, na qual cousa segundo a Coronica de Castella conta, El-Rei esteve algum pouco suspenso, e com os grandes de seu Reino quiz poer o caso em Conselho, no qual por Dom Nuno de Lara com rezões que pareciam onestas, e de bem de seus Reinos ouve alguma contradição, mas os outros, que logo conheceram a vontade del-Rei, que era satisfazer em todo a seu neto, todos lhe aprovaram, e louvaram, e sobre este assento andando o Ifante Dom Diniz com El-Rei seu avô foram a Jaem, donde houve por bem que o Ifante se tornasse, como tornou a Portugal, e lhe mandou dar uma carta que trouxe para El-Rei seu padre, escrita em pergaminho em palavras Castelhanas, e asselada de seu selo pendente das Armas de Castella, e de Lião, que tornadas fielmente em Portuguez por mim Coronista, que a propria Carta vi, diziam nesta maneira.