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Aquellas altas vozes, que sôão, Dos Padres são, que o Limbo tẽe escuro, E ja de louro e palma vos corôão. Todos vos bradão que subais o muro Da cidade infernal, e que arvoreis Em cima essa bandeira mui seguro. Oh Santos Padres! não vos apresseis; Pois muito mais a Deos, que a vós, custárão Essas duras prisões em que jazeis.

Ia pelo eſpeſſo ar, os eſtridentes Farpões, ſetas, & varios tiros voão, Debaxo dos pês duros dos ardentes Cauallos, treme a terra, os vales ſoão: Eſpedação ſe as lanças, & as frequentes Quedas, co as duras armas tudo atroão. Recreçem os immigos ſobre a pouca Gente, do fero Nuno que os apouca.

Oh! que de quando em quando inda sôão Os passos seus sobre arescentes campos, Sobre tantos altares demolidos; E ella, um a um mostrando aquelles restos Abonadores da passada gloria, Alentar busca os animos prostrados: Porém de balde bradará, em quanto Não despontar n'um coração preclaro Destimidez possante, toda accesa Ao clarão d'esses dias que luzírão Sobre a fuga do Persa, e que risonhos O intérito arrostárão do Espartano.

Ah Pastores, que, alegres, divertidos Cantais ao triste som dos meus gemidos! Se este pranto vos move á caridade, Deparai-me o meu Ácis, por piedade. A voz he de mulher. que ao longe grita. Quem pudéra valer á triste afflicta! Os duros écos, que este valle atrôão, Senão me engano, desta encosta sôão. Eu vou por este pedregoso atalho Ver, se encontro, quem he, ver se lhe valho. GALAT

Quando chegaua a frota aaquella parte, Onde o Reino Melinde ja ſe via, De toldos adornada, & leda de arte Que bem moſtra eſtimar o Sancto dia: Treme a Bandeira, voa o Eſtandarte, A cor porpurea ao longe aparecia. Soão os atambores & pandeiros, E aſsi entrauão ledos & guerreiros.

Ja naõ nenhum amigo, Nenhum tem o ventre são, Somos ja vento soão, Que naõ tem nenhum abrigo. Vejo quarenta e um anno Pelo correr do cometa, Pelo ferir do planeta Que domostraser grão damno. Vejo um grande Rei humano Alevantar sua bandeira, Vejo como por peneira A Grifa morrer no cano. Vejo o lobo faminto Concertado c'os rafeiros: Os pastores, e ovelheiros Saõ de um consentimento.

Por tres gargantas, Quando alguem bate, Raivoso late O negro cão. Dentro da cova Soão lamentos; E que tormentos Não mostra aos olhos A escassa luz! Minos a pena Manda se intime Igual ao crime, Que alli conduz. Grande penedo Este carrega; E apenas chega Do monte ao cume, O faz rolar. A pedra sempre Ao valle desce, Sem que elle cesse De a ir buscar.

E ao ver-te, o riso, e pranto misturando, Humas ás outras com prazer chamando: Todas para te verem correm, voão: Vivas, applausos pelos ares sôão. Huma te beija a face alva, e rosada, Que a faz com pranto seu rosa orvalhada. Outra te enfeita as tranças graciosas De myrto, e cravo, de jasmins, e rosas. Verás, que ao som das lyras vem cantar-te A magoa de perder-te, o bem de achar-te.

Sem que benigna mão lhe adoce os Fados, Sem que escaça piedade o chame á vida, De vigilias mirrado o Sabio morre. Almas corrompe do Egoismo a peste; Camões, Homeros na penuria cantão: Ei-los co'a gloria temperando a sorte; Sôão prodigios de hum, prodigios de outro; Férrea Caterva os ouve: admira, e foge.

Estes morrêrão escudando a patria, E eternos vivem no fulgor da gloria: Suspirar-lhes alli os nomes gratos Inda parece a brisa; alli seus feitos Sôão no murmurinho das correntes; Povôa seu renome aquelles campos; O pilar taciturno, ermo, alvacento, Demanda aos sacros vultos alliar-se; Os espiritos seus em tôrno girão Dos fuscos serros; a memoria sua Toda se espelha no cristal das fontes; O arroio humilde, o caudaloso rio Perennes fluem co'a perenne fama Dos estremados campeões sublimes.

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