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Eu vi, junto a um tumulo isolado, Um grupo de crianças, Dando as mãos e travando em chão de morte, Com risos infantis, alegres danças. Vi-os tambem sorrirem descuidados Se piedoso viandante Parava pensativo e, murmurando Uma humilde oração, passava adiante. Assim tambem sorris, se melancolico Eu penso no porvir, Quando uma sombra vem turbar-me a fronte, Tu, como elles, contemplas-me a sorrir.

De noite apenas trina O triste rouxinol: Toda a mais ave inclina O collo ao pôr do sol. Porquê? porque é ditosa! Porquê? porque é feliz! E a que sorri a rosa? Ao mesmo a que sorris! Á luz doirada e pura Do astro creador. Á noite, não, que é escura, Causa-lhe a ella horror. Ora uma nuvem negra, Uma pesada cruz, Uma alma que se alegra quando a luz

E triumphas! Decerto, á porta de Damasco, com as botas fortes enterradas no de Josaphat, o guarda-sol pousado sobre uma pedra tumular de propheta, o lapis ainda errante sobre o papel, sorris, todo te dilatas, e através das lunetas defumadas contemplas, marcada por bandeirinhas, a «linha» onde em breve, fumegando e guinchando, rolará da velha Jeppo para a velha Sião o negro comboio da tua negra obra!

Deixa beijar-te em sonho, e d'este modo Trazer-te unida ao seio, que consumme Esta ancia ardente de destino novo, E este fogo roubado ao seio do povo! Porque te vemos quando sonhamos... E, irmã! nos sorris em nosso somno... E, a dormir, doce amiga, te beijamos!

Era assim o primeiro: «Diz-me tu, amor, que magos philtros insinuaste no coração da virgem de olhos negros, que lêda e melancolica, lagrimosa e risonha, te está enamorando na lua, d'onde lhe sorris em noites calmas de estio, na floresta, onde lhe cicias palavras nunca ouvidas, na fonte, onde lhe murmuras a tua linguagem do céo?

A rapariga parece que lhe disse algumas coisas ternas, que acabaram de o sensibilisar; abençoou-a, beijou-a e quasi se ia esquecendo do que o levára alli, mas de repente recordou-se e fez a entrega das chaves com uma gravidade igual á de Martim de Freitas, cuja vaga recordação foi o que provavelmente lhe suggeriu a ideia da scena. Tu sorris? Olha que é o que te digo.

E tu, ó irmã carinhosa, formosa e boa, terna e gentil, mixto de innocencia e formosura, ó pura amiga, ó doce amparo, que te escondes do mundo se nós soffremos, e que lhe sorris se o sol da felicidade nos doira a vida, tu serias, porque o és, sensitiva. Ó insipida menina, que dizes não meu senhor, sim meu senhor, que não sabes sorrir, que não sabes fallar, que não sabes viver tu serias lima.

E é penoso que a fumaraça do Progresso suje um ar que conserva o perfume da passagem dos anjos, e que os seus trilhos de ferro revolvam o sólo onde ainda não se apagaram as pégadas divinas. Tu sorris, e accusas precisamente a velha Palestina de ser uma incorrigivel fonte de Illusão.

Formava-se dos versos seguintes, que a boca que os proferia soltava com sonora e cadente melodia: Ó doce e sagrado culto, Que com o leite bebemos! Tu nos sorris desde a infancia, Com teus feitiços crescemos. Antes carceres, exilios, Antes barbaro tormento, Antes cruentas torturas Que esquecer-te um momento!

Mas surge do accaso arroxeado, Ao mando de medonho furacão, Nuvem de ardente que rue sobre elle, Que o sepulta em deserto, árido chão. Mas tu sorris ás furias da tormenta, Não temendo arrostal-a inda uma vez, E ella, a que troou pelos espaços, Vem tremendo morrer-te ahi aos pés.

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