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Quando o sopro da desventura lhe assolou as columnas, o grande, , e proscripto das ovações, em que elle fôra o menos laureado, era ainda o grande na desgraça, na esperança, na humildade, na renuncia, e na confiança. Esperava... o tumulo, e antes d'elle um saldo de contas com o mundo, onde o rico deixa debitos enormes a solver.

Assim passam a vida esses sonhadores, esses filhos do genio que vivem acariciados pelo sopro da gloria e pela interminavel melodia das suas illusões. O restaurant do Arminho hoje não existe; ha ainda pouco tempo que fechou as suas portas, convertendo-se no de Madrid. Mas seja como fôr, occupemo-nos do primeiro.

Que ardente espiritualismo, tenaz e apaixonado, na carnalidade apparente d'esse poema! Quanta dôr n'aquella aspiração, sempre trahida, de encontrar uma alma, no bello corpo insensivel que elle, como Pygmalião, quereria animar d'um divino sopro! Na sua violenta sêde de perfeição, dolorosa e alanceadôra como poucas, nunca o poeta das Miniaturas e dos Nocturnos teve o contentamento da sua obra!

A ambos deu côr, e fórma, e prestimo: no interior d'uma pôz o cereal que ha-de ser pão; no interior do outro a gota que ha-de ser vinho. E d'estas pequenas coisas vae sair a fartura, a abundancia, a alegria, a festa, a riqueza! Tão contingente é a felicidade do homem, que um sopro de vento póde prostrar os milheiraes, e um insecto, tão pequeno como a uva, inutilisar o cacho...

O sobresalto da pobre mãe era constantemente despertado aos trons da artilharia que jogava nas linhas de Lisboa. Trazia nas faces aquella magreza livida que o sopro das batalhas, e o enervamento da fome estampam no rosto do vencedor, e do vencido. Vencido era elle.

No despontar da vida, do infortunio Murchou-me o sopro ardente; E saudades curti em longes terras Da minha terra ausente. O solo do desterro, ai, quanto ingrato

Meu paraiso perdido Que de longe adoro ainda! Nuvem, que ao sopro da aragem Voou nas azas de prata, Mas no lago que a retrata Deixou esculpida a imagem! Rosa d'amor desfolhada Que n'alma deixou o aroma, Como o deixa na redoma Fina essencia evaporada! Adeus sol que me alumia Pelas ondas do oceano D'esta vida, d'este engano, D'este sonho d'um dia!

E estas lagrimas eram a unica repressão que o continham nos desvarios. Pois até n'esta filha feriu o Senhor o pobre ancião. Criança mimosa, colheu-a um sopro da morte, ainda com o sorriso nos labios, e prostrou-a exanime no tumulo. Fez-se então devéras escuro no espirito do pae.

Nem um sôpro dos Zéfiros curiosos, que brincam e correm por sôbre o Arquipélago, desmanchava a serenidade do luminoso ar, mais doce que o vinho mais doce, todo repassado pelo fino aroma dos prados de violetas.

Angelo abriu por um momento os seus meigos olhos, cujo brilho estava empanado pelo sopro da morte, volveu-os para a imagem do Senhor crucificado, como querendo expressar-lhe profunda gratidão, e fechou-os logo, para nunca mais os tornar a abrir. Todos proromperam em amargo pranto, á excepção de D. Lucas.

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