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Ramalho Ortigão foge muito de preposito d'essas regiões vaporosas em que a flor azul do sonho desabroxa, a um luar doentio, as suas petalas ideiaes.

Que maior perigo para uma alma juvenil do que a aspiração a um ideal impossivel? do que a sede de venturas irrealisaveis e do que o sonho de amores que não existem? E depois os poetas inconsolados e inconsolaveis não ensinam a luctar contra as magoas da vida.

Nos seus olhos, mesmo mortos, ficou luciluzindo uma poeira d'espanto. Morrera surprehendendo algum mundo desconhecido ou descobrindo outro sonho tão vivo, que, de vêl-o, cahira fulminado? Em torno era o asco: as paredes com dedadas, versos obscenos e legendas prodigiosas.

Tanto sonharam! tanto sonharam!... Pobres que fariam senão deitar as mãos tabidas a um outro universo que elles presentiam igneo? Á força de sonhar materialisaram o sonho.

Incommodára-o a ideia de que a sua pretenção á alliança com Bertha era o motivo da tristeza de Jorge, e que, sem o saber, fôra elle o importuno despertador d'aquelle sonho em que se embalavam ambos, deixando-se amar, sem pensarem no futuro do amor a que cediam. Sonho irrealisavel embora, porém Clemente não quereria ter sido quem os acordou.

Ego dormio, et cor meum vigilat. Quem anda por fóra, pela vinha Na sombra do luar meio cacoberto, Sutil nos passos e espreitando incerto, Com brando respirar de criancinha? Um sonho me accordou... não sei que tinha... Pareceu-me sentil-o aqui tão perto... Seja alta noite, seja n'um deserto, Quem ama até em sonhos adivinha...

Estremeceram involuntariamente ambos com o som repentino de guerra e de allarma que os chamava á esquecida realidade do sítio, da hora, das circumstancias em que se achavam... D'aquelle sonho incantado que os transportára ao

Entretanto aproximara-se o dia da abertura das Camaras e Ronquerolle sahiu como que d'um sonho quando leu no «Jornal Official,» o decreto presidencial, e recebeu aviso, na sua qualidade de deputado, de que o Parlamento ia recomeçar os seus trabalhos.

Toma-me pouco a pouco o delírio das cousas marítimas, Penetram-me físicamente o cais e a sua atmosfera, O marulho do Tejo galga-me por cima dos sentidos, E começo a sonhar, começo a envolver-me do sonho das ágoas, Começam a pegar bem as correias-de-transmissão na minh'alma E a aceleração do volante sacode-me nítidamente. Chamam por mim as ágoas, Chamam por mim os mares.

Nasci p'ra ser desditoso, P'ra ser feliz não nasci; Uma esp'rança, um sonho, um gôzo Nunca n'alma conheci! Mas dá-me a tua amizade, Que, sendo tu meu amigo, Póde ser que a f'licidade Venha ainda ter commigo. 'Stás tão triste, coitadinha, Ai! fazes-me entristecer; Nos teus olhos 'stou a ler Que dor cruel te definha!

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