United States or Egypt ? Vote for the TOP Country of the Week !


E emquanto assim se encaminha para Alexandria, Paphnucio foge das cidades e das aldeias; tem medo de encontrar creanças a brincar na soleira das portas, mulheres paradas á beira das cisternas, sorrindo cariciosamente ao peregrino que passava, como a Nosso Senhor a Samaritana sorrira.

Desceu as escadas, despercebido de todos, sacudiu na soleira da porta o dos seus sapatos, e, resmoneando palavras inintelligiveis, saiu para não voltar. Vencidas as difficuldades, que as differentes religiões de Carlos e de Cecilia traziam comsigo, o casamento fez-se. Não exponho agora aqui as condições do contracto, por me parecerem de pouco interesse para o leitor.

Era um velho; as cans alvissimas formavam-lhe um diadema venerando; tinha o rosto escondido entre as mãos, como quem se abysmára n'uma abstracção intensa, ou n'uma grande e entranhavel agonia. O estrangeiro permaneceu hirto sob a soleira da porta; não se atrevia a interromper os processos mysteriosos d'aquella mente perscrutadora.

Bento, ao pular-lhe o coração em saltos de ruim presagio, ainda deu tres passos para chamar o filho, e avençar-se com elle mediante a quantia necessaria ao livramento; mas a imagem de um pote de ferro cheio de peças bateu-lhe rija no peito. Quedou-se como empedrado a olhar para a soleira da janella de peitoril, cujas portadas quatro travessas de castanho esfumado immobilisavam.

No dia em que se deviam tirar os sellos em casa da defunta D. Thereza, Rosa alli compareceu por convite do juiz eleito. Quando Rosa atravessou, como estranha, a soleira da porta da casa, que tinha sido para ella tão hospitaleira, o coração comprimiu-se-lhe e não pôde reter as lagrimas.

Nos contos narrados em volta da lareira, onde nas longas noites de serão se reune a familia rustica, ou ás rapidas horas d'uma noite de estio, na soleira da porta, ao auditorio attento que segue com os olhos a lua em silenciosa carreira por um céo sem estrellas, avulta uma creação extremamente sympathica, a das mouras encantadas, princezas formosissimas que ficaram d'esses remotos tempos na peninsula, em paços invisiveis, á espera de quem lhes venha quebrar o captiveiro, soltando a palavra magica.

A quebrar a harmonia daquela imobilidade de estátua, apenas de quando em quando uma pequenina patada na soleira, zap! Zangado, «Sultão»? perguntava o lavrador. De mal comigo?

Ao menos levava a certeza de que a criança não ia com fome. E para que também não fosse com frio, a boa da rapariga achegava ao peito o enjeitadinho, numa solicitude toda materna. Louvado seja Deus! ia dizendo a rapariga. Como haverá gente que seja capaz destas crueldades! A nevar, e deixa-se assim um inocentinho, embrulhado em dois farrapos, na soleira de uma porta!

E Angelo seguiu-a á cozinha, e ahi, ella sentada na soleira da porta a escolher hortaliça, elle a dar de comer aos coelhos e ás gallinhas, se entretiveram a conversar. Angelo falou-lhe de Lisboa, dos theatros, contou-lhe enredos de dramas que o tinham commovido; typos e situações de romances, que se lhe haviam gravado na memoria; invenções da arte moderna, versos, anecdotas, contos.

Isso para que é, tio Euzebio? perguntou-lhe o outro ao ouvido. Vou matal-os! respondeu o moleiro com uma voz convulsa. Vou matal-os! Mas quando ia, com a espingarda ao hombro, a transpôr a soleira da porta, cambaleou, e cahiu fulminado para a outra banda...

Palavra Do Dia

tradicionais

Outros Procurando