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Desenhára o mirador de Lindaraja, com as suas gelosias marchetadas que ela entreabria um pouco, debruçando-se, como p'ra ouvir melhor a voz da fonte. E a fonte falava de desejo, porque ela tinha nos olhos, nos cabelos, na bôca a entumescer, nas linhas sôfregas, a expressão de uma corola ao cair do pólen... Dos desenhos que vi das fontes turcas, um entre todos me maravilhou: a do sultão Ahmed, em Stambul, no coração da praça do Serralho.

vinham, as suas lividas, aduncas mãos, cruzadas sobre o chale, arrepanhando-lhe as franjas, sôfregas de esquadrinhar a minha roupa branca! se cavava, aos cantos dos seus labios sumidos, um rigido sulco d'azedume!... Tremi: mas visitou-me logo uma inspiração do Senhor.

Não põe na sua ideia o que por ahi vae de almas sofregas, vis e arteiras n'esta nossa Mordassov. Ah! meu Deus! mas para onde queria que o levassem a não ser para sua casa? Sempre tem cada uma, Maria Alexandrovna, interveiu Nastassia Petrovna, a incumbida do chá. Talvez quisesse que carregassem com elle para casa da Anna Nikolaievna!

Solitarios, aos pares, em pacotes, dentro de caixas, franzinos, gordos e repletos de auctoridade, envoltos em plebeia capa amarella ou revestidos de marroquim e ouro, perpetuamente, torrencialmente, invadiam por todas as largas portas a Bibliotheca, onde se estiravam sobre o tapete, se repimpavam nas cadeiras macias, se enthronisavam em cima das mesas robustas, e sobretudo trepavam contra as janellas, em sofregas pilhas, como se, suffocados pela sua propria multidão, procurassem com ancia espaço e ar!

Estava agora do outro lado da mesa, abainhando um esfregão: a risca muita fina desapparecia na abundancia espessa do cabello, onde a luz do candieiro ao lado punha um traço lustroso; as pestanas pareciam mais longas, mais negras sobre a pelle da face, d'um trigueiro calido, que uma tinta rosada aquecia; o vestido justo, que se franzia n'uma prega sobre o hombro, elevava-se amplamente sobre a fórma dos peitos, que elle via arfar no rhythmo da respiração igual... Era aquella a belleza que mais appetecia n'ella; imaginava-os d'uma côr de neve, redondos e cheios; tivera-a nos braços, sim, mas vestida, e as suas mãos sôfregas tinham encontrado a sêda fria... Mas na casa do sineiro seriam d'elle, sem obstaculo, sem vestidos, á disposição dos seus labios.

E a natureza fresca, omnipotente, Sorria castamente Com o sorriso alegre dos heroes. Nas sebes orvalhadas, Entre folhas luzentes como espadas, Cantavam rouxinoes. Os vegetaes felizes Mergulhavam as sofregas raizes A procurar na terra as seivas boas, Com a avidez e as raivas tenebrosas Das pequeninas feras vigorosas Sugando á noite os peitos das leoas.

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