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A terra esqualida e funerea Em logar das canções da abundancia e do amor, Do trigo verde a rir dentro da sebe em flor, Calcinada e cruel cospe violentamente Só o cardo torcido, epilectico, ardente, Rompendo duro e hostil, como a praga blasfema D'um assassino quando um carcereiro o algema. Secaram-se de todo as fontes e os regatos. As cobras na aridez crepitante dos matos Silvam.
Sim! adora a rude gente da lavoira, Sementeiras, gados, matagaes, lebreus, Porque não se esquece da vaquinha loira, Que se poz de joelhos ante a mangedoira, Quando nas palhinhas dormitava Deos... E por isso arreda pestes, ventanias, Fomes e procellas, bruxas e trovão, Lá para malditas, negras penedias, Onde silvam cobras doudas e bravias, E onde não existe nem christão, nem pão!...
Luas d'oiro se embebedam, Rainhas desfolham lirios; Contorcionam-se cirios, Enclavinham-se delirios. Listas de som enveredam... Virgulam-se aspas em vozes, Letras de fogo e punhais; Ha missas e bacanais, Execuções capitais, Regressos, apoteoses. Silvam madeixas ondeantes, Pungem labios esmagados, Ha corpos emmaranhados, Seios mordidos, golfados, Sexos mortos d'anseantes...
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