United States or Puerto Rico ? Vote for the TOP Country of the Week !


Sussurrava-se desde muito que as visitas do padre eram menos de confessor que de peccador. Era mentira; eu juro que era mentira. Via-os, acompanhava-os, estudava esses dous temperamentos tão espirituaes, tão cheios de si mesmos, que nem sabiam da fama, nem cogitavam no perigo da apparencia. Um dia vi-lhes os primeiros signaes do amor.

As creanças, interrompendo a refeição, fitavam o recem-chegado com aquelles olhos espantados e penetrantes, com que ellas, promptamente, e quasi sempre com a certeza de um verdadeiro instincto, decidem para si das sympathias ou antipathias de que lhes é merecedor um estranho, a quem vêem pela primeira vez.

Mas estava bem morto o espeleu, e não tornaria a encher de pavor as trevas. O homem sentiu no peito um grande bem-estar, uma plenitude de orgulho dulcíssimo, uma dilatação de personalidade, de vida, de confiança em si, que o pôs nervoso e contemplativo, ante as flores que a aurora iluminava. As musicas e a brisa da manhã ergueram-se ao mesmo tempo no horizonte.

Major dando-nos esta quarta versão, não nos diz de quem ella seja, quem a viu, nem onde existe. Seja, porém, de quem fôr, nós entendemos que as notaveis divergencias de todas ellas são por si o bastante argumento contra o objecto da lenda. Seguindo a narração do snr.

Está morta, e não espero aqui senão a dissolução do corpo para o interrar, se eu não for primeiro, e Deus queira que não! quem hade tomar conta d'ella, ter charidade com a pobre da demente? Mas depois... oh! depois... espero no Senhor que se compadeça emfim de tanto soffrer e me leve para si. 'Mas Carlos? 'Carlos é barão: não lh'o disse ja? 'Mas por ser barão?.. 'Não sabe o que é ser barão?

Ou como se fosse desprezo acompanhar com seus irmãos aquelle que tendo melhor fortuna, naõ tem outra natureza? Ainda se servem, proseguio Nebrixa, de outro estratagema mais sagaz, que he apregoarem, ou por si, ou por seus devotos, que as aulas Regias andam cheias de moços mal procedidos.

O loiro, alvar galleguinho Chegou aos olhos seu trapo; Tinha vistas sobre a carne, E muitas mais sobre o papo. Seu almôço requerendo Em luzindo a madrugada, Na esquerda, grossa fatia D'ambas as partes barrada; Na dextra, com branda cana O seu pupîlo guiava; Em tenras, públicas malvas, Para si o apascentava;

Escutava ancioso os suspiros que lhe sahiam do peito opprimido: tinha-os como protesto surdo do coração que reagia ainda á indifferença, desejando-a acaso como repouso, e expedia a sua mais bella flamma, antes de retrahir-se em si para morrer. Eu era feliz! Mas a desgraça vinha perto.

O primeiro d'esses traços permittiu-lhes perceber as relações secretas das cousas, deu-lhes o sentimento fino e raro das nuances, e a suprema aptidão para construirem conjunctos de fórmas, de seres e de côres, combinações de circumstancias e de elementos tão bem ligados entre si e por tão estreita identidade de relações, que a sua creação de arte foi tão viva que excedeu no mundo imaginario a harmonia preestabelecida no mundo real e verdadeiro.

Eu, que elevo os Mortaes, e os esclarêço, Que méço a Lua, o Sol, que o Mundo abranjo, Que da vetusta Idade aclaro as sombras, Que entro por seus arcanos, e revóco D'entre o , d'entre a cinza, d'entre o Nada Ao Seculo vivente as Eras mortas; Que dócil fiz o indómito Oceano, Abysmo de pavor, de bôjo immenso, Que por alta Lei não sorve a Terra; Eu, do grão Jove, Confidente e Imagem, Que do Fado os Mysterios desarreigo, E co'a Moral dos Ceos cultivo o Globo; Eu, a Sciencia, eu Fonte, eu Mãi das Artes, Que sei desirmanar na Intelligencia Entes, na fórma iguaes, na especie os mesmos, Tornando-os entre si tão desconformes, Qual dista do Selvagem bruto, e fero, Macio Cidadão, que as Léis polirão, Ah! não posso impetrar, colher dos Numes Para os Alumnos meus pavêz sagrado A teus golpes, Fortuna, inteiro, illeso!