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«Quem sabe até se, educados os netos do genial Solitario de Seide, algum d'elles não será ainda muito util ás letras patrias, continuando a honral-as como honradas foram mais de meio seculo por seu avô o querido Mestre

O povo ama ainda pelo systema antigo, e eu era o seu candidato contra a vontade de muitas influencias poderosas e colligadas. N'esta roda-viva de uma eleição disputadissima, renhidissima, eu pensava menos no visconde de S. Miguel de Seide do que na urna e nos votos.

Não sei como Eugenio de Castilho sahiu de S. Miguel de Seide, pelo que respeita á alma. dizia-se que Amelia, a douda, vehementemente apaixonada, iria depós elle. Eu receei o lanço de fino amor, d'onde adviriam ao meu hospede agros desgostos. Se os de Lisboa lh'a vissem, quantos rivaes, que mordentissimos ciumes! Aquillo era mulher para destinos extravagantes.

Hoje vive ha uns vinte annos na freguezia de S. Miguel de Seide, concelho de Villa Nova de Famalicão. S. Miguel de Seide vincula-se á historia litteraria portugueza do seculo XIX, por Camillo Castello Branco, como Valle de Lobos por Alexandre Herculano. Ermos sagrados e veneraveis!

Carvalho aligeirou a melancolia que nos acabrunhava ali, evocando alguma recordação anecdotica da vida de Camillo. Quando sahiamos o portão da quinta, dizia-nos o sr. Carvalho: Um dia, Camillo, vindo do Porto, preveniu o chefe da estação de Villa Nova de que esperava brevemente a visita de um «bacharel» e pediu-lhe que o guiasse para S. Miguel de Seide.

Se, immediatamente á minha visita á familia de Seide, não publiquei no Popular as impressões que ali recebêra ao observar de perto a vida dos netos de Camillo e, portanto, a justiça da sua causa, foi porque logo fiz tenção de me occupar do assumpto com maior desenvolvimento do que aquelle que poderia dar-lhe n'um ou dois artigos de jornal. Desobrigo-me agora do compromisso que tomei comigo mesmo.

Carvalho explicou que me conhecia de S. Miguel de Seide, e que, na Povoa de Varzim, viera esperar-me á estação com o Nuno no anno em que eu ali fôra visitar Camillo. A sr.ª D. Anna Corrêa disse então como se quizesse apresentar-me officialmente o sr. Carvalho:

Escrevia o Lusitano, de Famalicão, no mesmo dia 12: «Acaba de fallecer em Seide o filho mais velho de Camillo Castello Branco, o pobre louco tão amado pelo immortal auctor do Amor de Perdição e tantas outras joias que hão de fulgurar seculos em fóra, na litteratura nacional. «Ha muito que o Jorge, doido, doido desde tenra idade, fugia completamente do convivio social.

Se eu poder, irei visital-o a Seide, e conversaremos mais detidamente. Se v. s.ª me permitte, irei a sua casa. Não ; que a minha residencia é triste como uma caverna onde não penetra raio de sol. Era meu dever não desfiar a lugubre imagem, porque eu bem conhecia os fios mysteriosos que a teciam.

Se isto é tão verdade como é verdadeira a pessoa que m'o afiançou, prepara-te para desprezar a affronta, e veste arnez de aço que rebata o ferro do couce. Alguem lhe perguntou que motivo teve para te provocar; respondeu que apenas te conhecia de vista; eu, porém, se a memoria me não falha te ouvi dizer que este Joaquim de Vasconcellos foi teu hospede em S. Miguel de Seide, etc.