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O ultimo numero do programma, era a Margarida, de Schubert, cantado pela viscondessa de Bizeux. Laura, ao caminhar para o logar onde devia fazer-se ouvir, encontrou Remissy, que se retirava. O violinista, ao vel-a, disse-lhe com arrebatamento: Ah! encontro-a emfim! não a via... A viscondessa não o deixou terminar. Apertou-lhe expressivamente a mão, e continuou andando.

Na invisivel palpitação da brisa, entrou uma voz de piano vibrado na visinhança. Fanatico adorador da musica, João fechou o livro e prestou attenção. Eram as primeiras notas da Serenata de Schubert, esse magnifico poema musical que elle amava acima de todas as composições! De um pulo, achou-se abaixo da rêde, fóra do quarto, ao balcão de uma das janellas do seu humilde terceiro andar.

Na vespera fizera substituir no programma a aria O Rei dos Alamos por um outro trecho de Schubert, Margarida, que exigia mais sentimento, mas que necessitava de menos voz, e que por isso era mais conveniente que a dama d'alta sociedade o executasse.

Todos sabiam perfeitamente com que intensidade elle amava a familia, e que suaves prazeres tirava d'esse amor. E demais, aquella noite era de festa, como dissera o desconhecido cantor, não valia a pena entristecer-se.... Para o lado os pezares! terminou sorrindo. Como distracção agradavel a todos, vou tocar ao piano a Serenata de Schubert.

E a voz a'elle era meiga qual um canto magico de yára amazonica, sentida como uma recriminação paternal, doce como um beijo apaixonado. De seus labios côr de papoula distillava-se o mel da musica de Schubert, que ia cair com uma suavidade de balsamo sobre a alma enamorada de uma joven castellã formosa, occulta entre os refólhos das colgaduras das janellas!

Parecia-me mais desalentado, mais triste do que o costume, amava a solidão, quáse que me fugia... Apenas despertava da sua melancolia quando tocavas, no piano, essas páginas de Schubert que sempre admirou. Êle não tinha, para estar alegre, as mesmas razões que nós temos, bem sabes.

Nas salas havia paisagens de mar por tôda a parte... E por cima das mesas, dos sofás, como uma obsessão de crime, sempre e sempre, livros, romances e gravuras, com narrações de mar, sempre com o mar... Até as músicas que tocava ao piano. Dizia-lhe: anda «ouvir como isto é lindo!» E êle encostado ao piano, junto dela, via os Lieder de Schubert abertos numa página marcada. E lia: O mar!...

E apregoam-se os beneficios da musica classica, como se a nossa educação e o nosso temperamento nos permittissem ser uns perfeitos entendedores das harmonias eminentemente profundas de Mozart, de Beethowen, de Sthephenheller, de Schubert e d'outros mais.

Como todas as musicas sentimentaes, a Serenata de Schubert possue isto de extraordinario: prende o espirito de quem a ouve, e leva-o ao centro da meditação tranquilla e saudosa das grandes cousas passadas, e que são sempre, quer dolorosas quer alegres, um grato consolo para a alma.

os cabellos encantavam-me, por serem tão pretos e lustrosos.... E era falsa aquella côr d'azeviche!.... Que desillusão!.... A "Serenata" de Schubert Ao dr. Augusto Meira No seu pequeno quarto modesto de rapaz solteiro, João estava deitado na rêde, lendo um volume de contos de Armand Silvestre, á luz branda de uma vela de espermacete.

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