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Eu saio a meu avô; se é boa a estrada, gósto de andar de noite havendo lua; cá pelas brenhas não, que não sou lobo. Vinha eu mui fresco em mangas de camisa, em cima de uma carga de presuntos, pela estrada real, co'os sete machos a dormitar ao som da chocalhada. Vinhamos caminhando em certo passo de quem gosta da noite, ou vem sem pressa, ou de quem traz comida a gente farta.
E, nem que viesse, tambem me não veria facilmente. Eu não saio do meu aido, porque já não posso, estou velho. Está acabado. Velho não. Mas ao menos tem a consolação de viver em socêgo, com os filhos ao pé de si, que lhe querem muito. Pois elles, coitados, não têm motivo para me quererem mal. Fiz por elles o que pude... Decerto. Foi sempre bom pae para elles.
«Eu vim não sabes tu? para gosar em maio, «No campo, a quietação banhada de prazer! «Não vês, ó descórado, as vestes com que saio, «E os jubilos, que abril acaba de trazer? «Não vês como a campina é toda embalsamada «E como nos alegra em cada nova flor? «E então porque é que tens na fronte consternada «Um não sei quê tocante e enternecedor? E eu só lhe respondia: «Escuta-me.
Que effeitos são os que sinto! Serão effeitos de amor? Sáio da minha cabana Sem reparar no que faço; Busco o sitio aonde moras, Suspendo defronte o passo. Fito os olhos na janella, Aonde, Marilia bella, Tu chegas ao fim do dia; Se alguem passa, e te saúda, Bem que seja cortezia, Se accende na face a côr. Que effeitos são os que sinto! Serão effeitos de Amor?
Vivo nas duras Regiões dos crueis indifferentes, Meu peito é um covil, onde, ás escuras, Minhas penas calquei, como as serpentes. E não vejo ninguem. Saio sómente Depois de pôr-se o sol, deserta a rua, Quando ninguem me espreita, nem me sente, E, em lamentos, os cães ladram á lua...
Carta em 3 de abril: «Não tenho forças para nada. Escrever uma carta é como se tivesse de deslocar uma montanha. O tempo não me tem curado. Dá-me, por vezes, uma certa paz, mas intervalos curtos, de que saio para um recrudescimento de amargura e de saudade angustiosa. Sinto que parta. Parece-me que tudo quanto amei e amo se vai afastando de mim, cada vez mais.»
Entram á platéa e dizem ao porteiro: Eu saio já. Está o panno em cima. Encostam-se á varanda da orchestra. Passam em revista os camarotes, medem a plateia com um só olhar, e saem. Vae a gente a procural-os, e já não os vê. São meteoros; desappareceram. Quando a gente os procura, já estão em outro theatro. Tambem por sua vez são philosophos; toda a philosophia d'elles está no adverbio já.
O seu trajo, antes da morte do cardeal rei, era mui mesquinho, em consequencia da pragmatica, que não consentia usassem vestidos de seda; pelo que trajavam um saio de baêta preta, calções de panno escocez, borzeguins de marroquim, chapeu de feltro e capa comprida da mesma baêta.
A Edade Media não comprehendeu isto. Seu grande genio, sublime como Poesia, achamol-o aqui estreito e acanhado como Rasão. Porque do chão saío um dia essa flor maravilhosa, a mais bella entre todas no jardim do espirito, chamada unidade, pareceu-lhe ter morrido a força geradora da terra e tornar-se impossivel outra florescencia, outra primavera, outro perfume.
Vai o meu filho arrendar aquella casa, e recolher-se a ella com o seu mestre de leis. Faça de conta que eu sou um pulvereo praxista que vossê tem na sua livraria... O ingrato não me responde. Vou voltar-me para a minha filha Corinna. Faz-se o que eu peço? Faz disse Corinna, sorrindo ao esposo. Pois então tornou o velho já d'aqui não saio. Onde me dais agasalho esta noite?
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